Espancada no bar pelo namorado
Mulher de 38 anos foi encontrada gravemente ferida no estabelecimento que geria. Agressor telefonou ao patrão a confessar o “homicídio”
FAMALICÃO Uma comerciante de 38 anos foi violentamente agredida e trancada no bar que explora em Pedome, Famalicão. Ao final da tarde de ontem, a vítima foi transportada para o Hospital de Braga em estado muito grave, com ferimentos na face, cabeça e peito. O autor das agressões será um homem que pretendia iniciar um relacionamento amoroso com a mulher. Deixou o local pensando que a matara e até telefonou ao patrão a confessar. E foi este quem ligou para o 112 a denunciar o caso.
A vítima é natural de Santo Tirso, onde também geria um bar. Contudo, há cerca de seis meses, decidiu encerrar esse estabelecimento e mudar o negócio para o Município de Famalicão. Por altura do último Natal, abriu o bar em Pedome.
O local costumava estar aberto ao final de cada tarde, mas ontem as primeiras pessoas a chegar encontraram as portas fechadas. “Vínhamos tomar café, como fazemos muitas vezes, e fomos surpreendidos”, lamentaram uns clientes ouvidos pelo JN.
Nesta altura, a comerciante já tinha sido violentamente agredida, mas os motivos ainda eram desconhecidos. Só mais tarde as autoridades começaram a desconfiar do pretendente ao namoro que tinha sido rejeitado.
As suspeitas foram pouco depois confirmadas quando o patrão do indivíduo contou que tinha recebido um telefonema dele a revelar o crime que tinha cometido e a explicar porque o fizera.
PORTA TRANCADA
De imediato, foram acionados os Bombeiros de Riba de Ave que encontraram a porta do bar trancada. Foram obrigados a forçar a entrada no estabelecimento para assistir a mulher, que apresentava hematomas por todo o corpo, ferimentos graves na cara e uma orelha cortada.
Ao JN, alguns vizinhos referiram ter estranhado que, pelas 18 horas, a porta do bar continuasse fechada, mas garantiram que não se aperceberam de nada.
A mulher agredida é viúva e mãe de um rapaz de cinco anos. Explorava o bar há pouco mais de meio ano.
Vizinhos confirmaram ao JN que o local da agressão estava coberto de copos e garrafas partidas.