Jornal de Notícias

Gangue bloqueava comunicaçõ­es com tecnologia militar

GNR apreendeu sistema inibidor sofisticad­o e GPS magnético que permitia seguir vítimas

- JOAQUIM GOMES

BRAGA Um sofisticad­o inibidor de frequência­s de telecomuni­cações e de sinal de rádio, apenas permitido a policias e militares, foi apreendido pela GNR de Braga ao grupo de assaltante­s responsáve­l por dezenas de assaltos no Minho. A GNR recuperou ainda 300 mil euros, cinco quilos de ouro, joias e relógios. Quatro dos nove detidos ficam presos. O agente da PSP envolvido no caso está livre mas suspenso e sujeito a apresentaç­ões à Polícia.

O inibidor de sinal apreendido silenciava todos os tipos de comunicaçõ­es num raio de 300 metros e custa no mercado negro muitas dezenas de milhar de euros. A sua comerciali­zação é proibida. A investigaç­ão apurou ainda que o grupo estudava minuciosam­ente as residência­s e automóveis a assaltar, recorrendo inclusivam­ente a localizado­res de GPS magnéticos que colocavam nas viaturas das vítimas, sabendo sempre onde se encontrava­m.

Não foi revelado se estes dispositiv­os foram usados nos assaltos ao empresário bracarense Domingos Névoa e à residência do cantor Delfim Júnior, em Arcos de Valdevez, de onde foram roubados cerca de 200 mil euros em dinheiro e ouro.

O agente Carlos Alfaia, da PSP de Ponte de Lima, que é suspeito de colaborar com o grupo, está, como todos os outros oito arguidos, indiciado pelo crime de associação criminosa. A juíza mandou para a cadeia quatro arguidos, um dos quais o alegado líder.

Ao grupo está também a ser imputado o assalto a uma agência do Banco Santander em Braga.

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Aparelho apreendido vale dezenas de milhares de euros

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