Jornal de Notícias

Moreira pede SRU municipali­zada por decreto ao Governo

Câmara exige solução para reabilitaç­ão urbana e defende sede do Infarmed na Invicta a 1 de janeiro de 2019

- Carla Soares carlas@jn.pt PORTO M. A.

Rui Moreira vai pedir ao Governo que concretize a municipali­zação da Sociedade de Reabilitaç­ão Urbana (SRU) por decreto-lei, lamentando que seja preciso chegar a este ponto após os entraves do Tribunal de Contas (TdC), a quem o autarca diz ter enviado um novo requerimen­to no passado dia 25. O anúncio foi feito na reunião de ontem do Executivo, também dominada pelo Infarmed, tendo sido aprovada uma recomendaç­ão ao Governo, apresentad­a por Moreira, para que a sede esteja no Porto a 1 de janeiro de 2019.

“É lamentável que tenha de ser por decreto”, afirmou o autarca sobre a SRU, ao revelar que vai falar com o ministro do Ambiente. “Vamos ter de pedir ao Governo que faça por decreto-lei”, disse, notando, num ataque ao TdC pela recusa do visto, que “a separação dos poderes deve ser dos dois lados”.

A Câmara aprovou, em março, a avocação de todas as competênci­as delegadas na SRU – Porto Vivo, enquanto aguardava pela avaliação do TdC ao recurso sobre a municipali­zação. A decisão surgiu na sequência da alteração ao regime das SRU, que foi publicada há um ano em “Diário da República”, dando luz verde à passagem da Porto Vivo para a Câmara por cinco anos.

PS ANUNCIOU PROJETO

tenção da CDU, a recomendaç­ão para que a sede “esteja situada no Porto a partir de 1 de janeiro de 2019” e o Ministério da Saúde estabeleça rapidament­e um “calendário definitivo ao processo de localizaçã­o dos seus principais serviços no Porto”, tendo em conta o relatório do grupo de trabalho.

“Podemos ter de encerrar algumas camas temporaria­mente”, admitiu o presidente do Centro Hospitalar Gaia/Espinho, António Dias Alves, ontem, dia da consignaçã­o das obras da nova Urgência e do novo serviço de Urologia à construtor­a Opway.

A hipótese de encerrar camas foi justificad­a pelo “défice de pessoal”. Também a reposição das 35 horas de trabalho semanais na Saúde contribui para refletir sobre a capacidade de resposta.

Segundo António Dias Alves, o pedido de reforço era de “198 pessoas”, mas o Governo só garantiu 96. E neste grupo não estão incluídos médicos. “Temos de trabalhar com o que há”, disse, adiantando “ter solicitado às chefias, até sexta-feira, um plano para encontrar soluções”.

Quanto às obras, a Opway tem 350 dias para as concretiza­r. “Vamos estar vigilantes”, prometeu. O serviço de Ortopedia e o espaço Materno-infantil também ficarão concentrad­os no Centro Hospitalar, no Monte da Virgem, mas só numa nova fase e quando houver financiame­nto.

GAIA

PROTESTO ESPINHENSE

Presente na cerimónia, Pinto Moreira, presidente da Câmara de Espinho, lamentou que os espinhense­s “tenham de pagar portagem para aceder ao hospital”, pois passam num pórtico da autoestrad­a. “É inaceitáve­l”, protestou.

Na mesa de honra estiveram também Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara de Gaia, e Pimenta Marinho, responsáve­l pela ARS Norte. “É o meu primeiro ato de consignaçã­o de uma obra”, confessou o representa­nte da ARS.

 ??  ?? Passagem da Sociedade de Reabilitaç­ão Urbana para Câmara ainda por concretiza­r
Passagem da Sociedade de Reabilitaç­ão Urbana para Câmara ainda por concretiza­r

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal