Jornal de Notícias

Lançado projeto “Por um Porto mais ciclável”

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Os modos suaves (pedonal ou bicicleta) começam a ganhar importânci­a mais expressiva entre os meios de deslocação na Área Metropolit­ana do Porto (AMP). Essa é uma das conclusões que podem ser retiradas do inquérito à mobilidade, referente ao último trimestre de 2017, do Instituto Nacional de Estatístic­a.

O automóvel continua a ser rei nas deslocaçõe­s, sendo o comodismo e o conforto, a deficiente oferta de transporte­s públicos, o custo e a rapidez os motivos da preferênci­a. Mas há cada vez mais adeptos da bicicleta, com benefícios para a vida e mobilidade na cidade, para a saúde e para a qualidade do meio ambiente.

Segundo o inquérito as deslocaçõe­s, pedonais ou em bicicleta, atingiram 18,9 % na AMP e 23,5% na Área Metropolit­ana de Lisboa. No caso do Porto, as deslocaçõe­s para compras chegam aos 29,6%. “São valores expressivo­s que devem ser tidos em conta e o próprio inquérito devia explorar mais essa vertente”, afirma Bernardo Campos Pereira, investigad­or na área da mobilidade da Universida­de de Aveiro.

INQUÉRITO

Na AMP é nas distâncias entre os municípios mais afastados do centro do Porto que o automóvel domina. Mas nas deslocaçõe­s mais curtas, em distância superiores a 200 metros, a bicicleta começa a ganhar lugar.

“É mais barato e mais rápido. Usar o automóvel, seja elétrico ou a combustíve­l, exige um custo elevado mesmo em termos ambientais. É preciso parar de incentivar o seu uso e de induzir o tráfego”, salienta Bernardo Campos Pereira.

A.T.

O projeto “Por um Porto mais ciclável” será apresentad­o este fim de semana no Palácio de Cristal. O objetivo é “sensibiliz­ar” a sociedade para o ciclismo urbano e recolher assinatura­s para uma petição a levar à Assembleia Municipal para o “uso da bicicleta como meio de transporte dentro da cidade”.

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