Raça e querer afundam Nacional nos Trambelos
O Lusitano esteve três vezes a perder, mas surpreendeu e tombou um gigante
O Nacional fez valer o seu estatuto apenas através das individualidades. A equipa insular esteve sempre na frente do marcador, mas a resposta do Lusitano foi muito positiva e esse foi o segredo para eliminar os madeirenses na terceira eliminatória da Taça de Portugal. Jota marcou aos 15 minutos, mas isso não incomodou muito os donos da casa que chegaram à igualdade pouco depois. Na sequência de um canto, Nuno Rodrigues cabeceou para o fundo da baliza à guarda da Framelim. Contudo, Júlio César, a um minuto do intervalo, voltou a colocar os madeirenses na frente.
No reatamento o Lusitano entrou mais dinâmico e num lance em que a defesa insular fez falta, o árbitro assinalou grande penalidade que Murilo não perdoou, repondo a igualdade com que se chegou ao final dos 90 minutos.
No prolongamento, Jota foi expulso por palavras dirigidas ao assistente, estavam jogados apenas cinco minutos, mas esse facto não serve de desculpa, porque mesmo estando a jogar com menos uma unidade o Nacional passou para a frente do marcador com o bis do “imperador” Júlio César.
Se se pensou que os trambelos tinham deitado a toalha ao chão, enganaram-se porque a turma comandada por Rogério Sousa não só voltou a empatar com um golo de Edgar Lopes, aos 109 minutos, como chegou mesmo à vantagem quando faltavam ainda seis minutos para o final do prolongamento. Bem tentaram os madeirenses levar a decisão para as grandes penalidades, mas a entrega e sofrimento da equipa da casa foi a chave do sucesso. Fez-se história no Estádio dos Trambelos.