Depois das medalhas, a receção de ouro
Portugal voltou da Argentina com prestação histórica em Jogos Olímpicos da Juventude
A melhor participação de sempre de Portugal nos Jogos Olímpicos da Juventude teve, ontem, o último ponto alto, dia em que toda a comitiva foi aclamada por largas dezenas de pessoas que foram ao Aeroporto de Lisboa, levadas pelo entusiasmo de ver como os atletas portugueses regressaram de Buenos Aires (Argentina) inchados de tanto orgulho.
Cachecóis e bandeiras, claro, mas também gargantas afinadas e cartazes. Quase tudo serviu para não deixar esmorecer o espírito festivo que se prolongou por dias, principalmente depois do feito da seleção de futsal, que trouxe uma das duas medalhas de ouro para Portugal. “Já sonhávamos com isto desde há três anos, quando soubemos que vínhamos aos Jogos Olímpicos. É um sonho tornado realidade. Estamos muito felizes e é um orgulho enorme para cada uma de nós”, destacou Telma Pereira, capitã da equipa de futsal, à chegada a Lisboa.
Por esta altura, os que tornaram esta receção especial já tinham entoado o mesmo hino que “dá mais pica” a Andreia Gonçalves, agora imortalizada por Fifó, dona e senhora de todos os quatro golos que permitiram a Portugal ganhar a final ao Japão. “Fazemos isto pelo amor que temos à camisola, não pelo dinheiro que ganhamos ou não. Não há mais nada que nos dê tanto gozo como jogar futsal. O mais importante é que conseguimos o objetivo que desejávamos”, salientou, ela que trouxe da Argentina um registo de 21 golos.
Alexandre Montez, o triatleta de 16 anos que arrecadou a outra medalha de ouro, foi apanhado de surpresa com a presença de “tanta gente” e não fez questão de tentar disfarçar a emoção. “Isto é o significado de muito trabalho, esforço e dedicação, tanto meu como dos meus pais e familiares, treinador e colegas de treino”.