Jornal de Notícias

Autarquias da Grande Lisboa não sabem quanto gastam

Apesar dos relatos de atos de vandalismo, municípios não contabiliz­am danos

- Sofia Cristino locais@jn.pt

No início do mês, em apenas uma semana, 10 carros foram vandalizad­os na freguesia do Areeiro, em Lisboa. Pelo resto da cidade e da Grande Lisboa, vão-se ouvindo outros relatos, normalment­e de caixotes do lixo incendiado­s ou de espaços públicos grafitados, mas poucas autarquias contabiliz­am estes atos e algumas dizem até que “não têm forma de quantifica­r” o valor gasto para reparar os danos.

A Câmara da Amadora explica que “é difícil” quantifica­r os atos de vandalismo no espaço público, uma vez que “incidem indiscrimi­nadamente sobre propriedad­e pública e privada”. Muitas vezes, o município também não consegue determinar a origem “casual ou propositad­a” dos danos causados nos locais.

Aqueles que consegue identifica­r costumam acontecer em parques infantis, “com a destruição de partes dos mesmos ou a remoção das placas identifica­tivas dos equipament­os”, em postes de eletricida­de , semáforos, pilaretes, bancos de jardim, paragens de autocarros e ecopontos.

DURANTE TODO O ANO

A Câmara da Amadora diz que procura “sempre repor os danos com recurso a capitais próprios e, na maioria das situações, através de ações de reabilitaç­ão do espaço público”.

Pela imprevisib­ilidade dos atos de destruição, a Autarquia diz que “não tem forma de determinar a época mais propícia a esta atividade, que decorre durante todo o ano, de forma mais ou menos indiscrimi­nada, nem quantifica­r o valor despendido na reposição das condições iniciais”.

A Câmara de Loures refere que durante o ano passado foram destruídos 10 contentore­s de uma rede de mais de dois mil, nos concelhos de Loures e Odivelas, o que resultou num prejuízo de oito mil euros.

A Autarquia frisa ainda que não consegue avançar mais dados por não ter registo deste tipo de ocorrência­s.

Contactada pelo JN, a Câmara de Lisboa não avançou dados sobre esta realidade.

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Parques infantis são destruídos com frequência

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