Autarquias da Grande Lisboa não sabem quanto gastam
Apesar dos relatos de atos de vandalismo, municípios não contabilizam danos
No início do mês, em apenas uma semana, 10 carros foram vandalizados na freguesia do Areeiro, em Lisboa. Pelo resto da cidade e da Grande Lisboa, vão-se ouvindo outros relatos, normalmente de caixotes do lixo incendiados ou de espaços públicos grafitados, mas poucas autarquias contabilizam estes atos e algumas dizem até que “não têm forma de quantificar” o valor gasto para reparar os danos.
A Câmara da Amadora explica que “é difícil” quantificar os atos de vandalismo no espaço público, uma vez que “incidem indiscriminadamente sobre propriedade pública e privada”. Muitas vezes, o município também não consegue determinar a origem “casual ou propositada” dos danos causados nos locais.
Aqueles que consegue identificar costumam acontecer em parques infantis, “com a destruição de partes dos mesmos ou a remoção das placas identificativas dos equipamentos”, em postes de eletricidade , semáforos, pilaretes, bancos de jardim, paragens de autocarros e ecopontos.
DURANTE TODO O ANO
A Câmara da Amadora diz que procura “sempre repor os danos com recurso a capitais próprios e, na maioria das situações, através de ações de reabilitação do espaço público”.
Pela imprevisibilidade dos atos de destruição, a Autarquia diz que “não tem forma de determinar a época mais propícia a esta atividade, que decorre durante todo o ano, de forma mais ou menos indiscriminada, nem quantificar o valor despendido na reposição das condições iniciais”.
A Câmara de Loures refere que durante o ano passado foram destruídos 10 contentores de uma rede de mais de dois mil, nos concelhos de Loures e Odivelas, o que resultou num prejuízo de oito mil euros.
A Autarquia frisa ainda que não consegue avançar mais dados por não ter registo deste tipo de ocorrências.
Contactada pelo JN, a Câmara de Lisboa não avançou dados sobre esta realidade.