Jornal de Notícias

Carlos Vinícius paga jejum com assistênci­as

Avançado ainda não marcou em 2020, mas já fez quatro passes letais

- Luís Antunes luis.antunes@jn.pt

Figura principal no esquema de Bruno Lage, Carlos Vinícius voltou a ser determinan­te no último dérbi, não a marcar – missão de Rafa – mas sim a assistir o companheir­o. Um papel primordial no seu desempenho em 2020, com quatro passes decisivos nos sete da equipa (57,1%), em detrimento do de goleador, ainda em branco nos quatro compromiss­os realizados no novo ano pelas águias.

Além de estender a passadeira a Rafa no tento inaugural do duelo de Alvalade, o brasileiro já servira Cervi e Seferovic no triunfo (3-2) com o Rio Ave, na Taça de Portugal. Dias antes, salvara literalmen­te a águia com um passe letal para André Almeida carimbar a sofrida vitória diante do Aves. Só no primeiro embate de 2020, em Guimarães, não participou diretament­e nos lances de definição.

A ação no último passe tem disfarçado o jejum do goleador, a principal missão, numa série inédita, pois nunca o brasileiro esteve na sua curta estada na águia quatro jogos em campo sem marcar.

Em 2019, assinou 15 golos em 11 jogos, num total de 21 encontros (1075 minutos), a que junta agora mais quatro embates (291 minutos) em jejum. Segundo melhor marcador da equipa atrás de Pizz(20 golos), é o jogador que precisa de menos tempo para marcar nos encarnados: em média, 91 minutos.

O anterior ciclo com mais passagens em campo consecutiv­as sem marcar sucedera logo na génese do caminho na Luz, com Belenenses, F. C. Porto e Braga, nas 2.ª, 3.ª e 4.ª jornadas da Liga. Três jogos com presenças relâmpago em campo – um, 11 e 14 minutos, respetivam­ente –, a tornar o cenário compreensí­vel.

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Vinícius ainda procura o primeiro golo no novo ano

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