Jornal de Notícias

DRAGÃO DIRETO A` CHAMPIONS

Portistas com o segundo lugar na mão e Sporting a um triunfo do título. Leões até podem ser campeões sem jogar

- Rui Farinha rui.farinha@jn.pt

Benfica e F. C. Porto empataram na Luz, com golos de Everton e de Uribe, resultado que, feitas as contas, não agradou nem a gregos nem a troianos. Ou melhor, agradou ao Sporting, que se vencer o Boavista, na próxima ronda, se sagra campeão. Ainda assim, a equipa de Sérgio Conceição ganhou, com o resultado de ontem, clara dianteira na luta pelo segundo lugar, que dá acesso direto aos milhões da Champions, pois mantém-se quatro pontos à frente do Benfica. As águias confirmara­m a pouca competitiv­idade contra rivais diretos: nenhuma vitória frente a dragões e leões.

Exceção aos últimos minutos, em que as águias pressionar­am e chegaram a marcar por Pizzi – lance que foi anulado por fora de jogo –, o F. C. Porto esteve melhor e mais organizado, fruto de uma estratégia que anulou os pontos fortes do adversário. O principal problema do Benfica foi a saída de bola, graças ao pressing portista.

As primeiras chances pertencera­m ao campeão, que não teve medo de assumir as rédeas do encontro, por Uribe e por Taremi, mas foi o Benfica a marcar, numa jogada de génio de Everton. Tirou dois adversário­s do caminho, tabelou com Rafa, e marcou um golo de bandeira. A vencer, os encarnados não melhoraram, apesar de terem espaço para o contra-ataque, e foi num desses momentos que Rafa chegou a ser travado em lance para grande penalidade, que seria revertida pelo VAR, por fora de jogo no início da jogada.

Se, na primeira parte, o Benfica fez a diferença num movimento individual, o coletivo melhorou ligeiramen­te após o intervalo. Apesar de tudo, a equipa, que alinhou de acordo com o figurino mais recente (três centrais e Everton no ataque, em vez de Waldschmid­t), continuou a exibir deficiênci­as diante do adversário que, por Marega e Zaidu, falhou por pouco o 1-1, no início da segunda parte.

No banco do Benfica, Jesus ordenou a entrada de Taarabt por Rafa, mas a alteração não foi positiva inicialmen­te, visto que o extremo era o único que esticava o jogo. A segunda parte fica ainda marcada por novo momento na grande área portista, com Soares Dias a apontar penálti, mas o VAR a alertar o árbitro para que, afinal, Diogo Gonçalves pisara Zaidu.

Afirmativo em campo, o F.C. Porto chegou ao empate, atra

vés de Uribe, após passe do recém-entrado João Mário. Conceição arriscou nas substituiç­ões mas sofreu com o forcing final do Benfica – Taarabt atirou à barra. Resultado justo.

Uribe marcou e fez jogar o F.C. Porto, Pepe foi um pilar. Everton mexeu com o jogo, assim como a entrada de Darwin. Seferovic pouco ou nada acrescento­u ao Benfica, deveria ter sido substituíd­o. Saída de Rafa coincidiu com o empate. Artur Soares Dias não deu o segundo amarelo a Pepe mas terá errado, já que era um lance prometedor do ataque encarnado.

 ??  ?? Pepe e Seferovic em destaque num clássico cheio de emoção
Pepe e Seferovic em destaque num clássico cheio de emoção
 ??  ?? Vertonghen e Marega ficaram muito queixosos após uma bola dividida na grande área do Benfica. O clássico foi assim, dividido e intenso até ao fim
Vertonghen e Marega ficaram muito queixosos após uma bola dividida na grande área do Benfica. O clássico foi assim, dividido e intenso até ao fim

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