Jornal de Notícias

START é alavanca para criar emprego e atrair investimen­to

Projeto marcante para a economia do concelho de Esposende tem objetivos bem definidos: captar 10 milhões de euros por ano e acelerar a criação de postos de trabalho

- Paulo Ferreira paulo.f.silva@jn.pt

ECONOMIA A ideia vem de 2017, mas só ganhou vida em junho do ano passado, quando a Autarquia de Esposende uniu as pontas de um projeto estruturan­te para o concelho: a START Esposende, um elo com a economia local, um acelerador na criação de postos de trabalho e um instrument­o que ajude a captar investimen­to estrangeir­o e a internacio­nalizar projetos. Por aqui andará o desenvolvi­mento económico do concelho, com a criação expectável de 300 a 500 empregos e a captação de 10 milhões de euros de investimen­to, por ano.

A START Esposende discute-se hoje no webinar que o JN transmite em direto, a partir das 14.30 horas (ler ficha).

“O nosso objetivo é colocar Esposende no radar dos negócios”, esclarece Sérgio Mano, vereador das atividades económicas. “Temos todas as condições para o conseguir: estamos perto de cidades como o Porto, Braga, Viana e Vigo; as acessibili­dades são boas; a distância para portos e aeroportos é curta; a nossa política fiscal é atrativa”, assinala. E acrescenta: “O município é e será sempre um parceiro dos empresário­s”.

Quando arrancou, a START acolheu cinco projetos. Em menos de um ano já acompanhou mais de 100 empresas, tendo por lá passado 27 empreended­ores (19, atualmente). Aqueles que estão num estado de pré-incubação são literalmen­te postos à prova. “A ideia é mesmo ‘destruir’ a ideia”, diz Joana Barbosa, coordenado­ra da START. Se este estágio for ultrapassa­do, os projetos seguem para a fase de incubação. Vale o mesmo dizer: “Com a ideia inicial, ou com outra totalmente diferente, o projeto é reavaliado pela nossa rede de mentores”, nota Joana.

A rede de mentores (19, no total) é fundamenta­l. São eles que, em cada etapa do trajeto, aplicam crivos às ideias, questionan­do-as e acrescenta­ndo-lhes valor. “Temos um conjunto de especialis­tas de várias áreas que vão dando ‘inputs’ nas fases do projeto. No cenário ideal, os 19 podem intervir na ideia inicial. Será sinal de que o projeto tem pernas para andar”, frisa a coordenado­ra.

LIGAÇÃO AO TERRITÓRIO

Sérgio Mano atalha, para sublinhar a importânci­a de outros fatores relevantes para o sucesso da START. “A ligação dos empreended­ores ao território é muito importante. Em Esposende, há tempo para viver com qualidade: temos rio, monte, excelente gastronomi­a e atividades de lazer. Queremos que os empreended­ores se sintam em casa, e por isso criámos um serviço ‘after care’: tratamos da burocracia, procuramos escola para os filhos e morada para a família”, aponta o vereador.

Os indicadore­s são positivos. Nos últimos cinco anos, foram criados 3600 postos de trabalho no concelho. “Estamos convencido­s de que, nos próximos anos, será possível acrescenta­r, anualmente, entre 300 e 500 novos empregos. Em termos de investimen­to, creio que seremos capazes de captar, por ano, cerca de 10 milhões de euros”, avalia Sérgio Mano. “Tendo noção da nossa dimensão [o concelho tem 36 mil habitantes], queremos fazer tão bem ou melhor do que os outros, mantendo sempre a ligação ao nosso tecido empresaria­l, de modo a ajudar sempre que necessário”, refere o vereador. “Daqui a dois ou três anos, a START tem de ser palavra obrigatóri­a para as empresas do concelho e para as que para aqui vierem”.

“Queremos fazer tão bem ou melhor que os outros, mantendo a ligação ao nosso tecido empresaria­l”

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FOTO: IGOR MARTINS / GLOBAL IMAGENS Joana Barbosa e Sérgio Mano apontam o repto da START: pensar diferente

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