Insatisfação inédita de Carvalhal com Coimbra na mira
Técnico não esconde o momento negativo da equipa, critica jogadores, mas espera reação para lutar pela Taça
Carlos Carvalhal assumiu, após o jogo de anteontem com o Paços de Ferreira (1-1), que a equipa minhota fez uma das piores exibições da época, num tom crítico inédito, que visa não só admitir o “mea culpa”, como também tentar estimular os jogadores, tendo em vista a luta pela conquista da Taça de Portugal, na final de Coimbra com o Benfica, a 23 deste mês.
Depois de na véspera do jogo com os castores ter elogiado a prestação da equipa, considerando que está a fazer uma temporada entre “o nível bom e o excelente”, o treinador do Braga foi cáustico, ao admitir, sem rodeios: “Não jogámos nada”.
“Quando os jogadores não fazem o jogo da equipa dá o que vimos na primeira parte”, disse Carlos Carvalhal, sem mencionar nomes. Porém, o técnico foi dando sinais de insatisfação, com as substituições, tendo iniciado a segunda parte já com quatro alterações. Lucas Piazon foi substituído após a meia hora, enquanto Castro, André Horta e Rui Fonte saíram ao intervalo, embora no caso do avançado português, que foi pela primeira vez titular, se saiba que vem de longa paragem e não terá ainda condições para jogar os 90 minutos.
Só com duas vitórias nos últimos nove jogos, o Braga quebrou nitidamente de rendimento e, com o Paços surpreendeu até pelas poucas chances de golo criadas. Até este desafio, o problema principal residia na finalização, sabendo-se que Ricardo Horta, com 13 golos nesta época, está há oito jogos em branco. Também Abel Ruiz, que tinha sido o principal beneficiado com a saída de Paulinho para o Sporting, não marca há nove jogos.
Mesmo com três jogos pela frente na Liga, o primeiro dos quais já depois de amanhã, em Barcelos, com o Gil Vicente, o foco, por muito que digam o contrário, está na final da Taça. A equipa retomou ontem à tarde os treinos. No dérbi minhoto o técnico já poderá contar com Al Musrati, que cumpriu um jogo de castigo com os castores.