Filhos de corredores que também sabem pedalar
Pedro Andrade e Diogo Barbosa procuram seguir as pisadas dos progenitores, Joaquim e Cândido, na equipa de Axel Merckx, descendente do mítico Eddy Merckx
Diz o ditado que filho de peixe sabe nadar. A máxima pode aplicar-se também ao ciclismo. Pelo menos a Pedro Andrade e Diogo Barbosa. Os pais, Joaquim Andrade e Cândido Barbosa, foram ciclistas de renome – o primeiro é recordista de presenças (21) na Volta a Portugal; o segundo é o mais vitorioso (120) em Portugal – e os jovens, de 20 anos, procuram seguir-lhes as pisadas sob a orientação de outro nome histórico: Axel Merckx, o filho de Eddy Merckx.
Pedro e Diogo estão a correr a Volta ao Algarve pela
CICLISMO
equipa americana Hagens Berman Axeon, de que Axel é dono e diretor, a qual tem, desde 2015, apostado em promessas nacionais, hoje certezas, como Rúben Guerreiro, os gémeos Rui e Ivo Oliveira e João Almeida. “Os corredores portugueses são talentosos. O Pedro e o Diogo são jovens dispostos a trabalhar para alcançarem os seus objetivos. Acredito neles e espero não os dececionar”, conta Axel.
Pedro sonha “chegar ao topo do ciclismo mundial”, mas não vive obcecado: “Tenho tempo e vou ganhar maturidade para o conseguir”. Tem o apoio do pai, que o incentivou a rumar à equipa de Axel, ele que se arrepende de, aos 21 anos, não ter ido para a Banesto.
“É uma oportunidade para ser um corredor com futuro. Estou nas mãos de um dos melhores diretores do Mundo. Quero ser o Diogo e não o filho do Cândido”, disse Diogo, que tem a bênção do pai: “Entrou numa grande equipa na hora certa. Na idade dele, é determinante o acompanhamento numa equipa estruturada”, disse o “Foguete de Rebordosa”, que destacou o papel do ex-ciclista e empresário João Correia, a viver nos Estados Unidos, que gere a carreira de seis dos sete portugueses em equipas do World Tour.