Jornal de Notícias

Portuguese­s da Liga húngara, sublinham que os magiares são uma seleção orgulhosa e coesa defensivam­ente

Rui Pedro e Rúben Pinto,

- Rui Farinha POR rui.farinha@jn.pt em Budapeste

“A Hungria não tem nada a perder, só a ganhar. Vai jogar com estádio cheio e qualquer ponto, nos três jogos do grupo, será uma grande vitória. O povo húngaro é orgulhoso e gosta mesmo muito da seleção”. Ao JN, estas palavras servem de alerta e pertencem a Rui Pedro, futebolist­a formado no F. C. Porto, que jogou na época passada pelo Mezokovesd­i, depois de representa­r o Ferencvaro­s, o Haladas e Diosgyor. Ao fim de quatro anos, conhece bem os magiares. “Estão supermotiv­ados. Por jogarem sem pressão, podem tornar-se uma equipa difícil. Para eles, o terceiro lugar já seria extraordin­ário”.

Com a chegada do italiano Marco Rossi, a Hungria alterou o estilo. “Desde que mudou de selecionad­or, joga num sistema bastante mais defensivo e sofre menos golos. Utiliza o sistema de três centrais, que passa para cinco defesas quando está a defender. Não tenho dúvidas de que vai dar a posse de bola a Portugal e que vai esperar pelo erro”.

Ainda assim, o avançado, de 32 anos, acredita que a equipa das quinas será melhor. “Dou 70 por cento do favoritism­o a Portugal, mas terá de saber gerir os nervos”. Rúben Pinto, outro português a atuar na Hungria, no Fehèrvar, lembrou que o país apostou muito no futebol, na última década. “O Governo investiu e todos os clubes têm estádios novos”. Sobre as potenciali­dades da seleção, foi cauteloso. “Ainda são um pouco inexperien­tes, mas têm um coletivo muito bom; tenho quatro colegas na seleção [Nego, Bolla, Fiola e Nikolics]. Portugal é o campeão, tem mais qualidade técnica, mas vai ser complicado”, avisou. O Puskas Arena é definido como “um estádio brutal”. “É enorme e muito bonito. A Hungria acredita sempre, mas olha para Portugal com respeito”.

O país dos magiares acolheu, nos últimos anos, mais de uma dezena de jogadores portuguese­s e não há nada que estes apontem ao país. “No início, as pessoas são um pouco reservadas e desconfiad­as, talvez pelo que se passou na Segunda Guerra Mundial, mas depois de nos conhecerem são superacess­íveis. Ajudaram-me sempre”, concluiu Rui Pedro. Ele e Rúben Pinto vão hoje torcer por Portugal.

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Jogadores da Hungria aquecem no último treino antes do jogo com Portugal
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Rúben Pinto
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Rui Pedro

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