É preciso incluir migrantes na vacinação
Diretor-geral da OIM, António Vitorino, lançou alerta
António Vitorino, diretor-geral da Organização Internacional das Migrações (OIM), entende que existe uma necessidade urgente de incluir os migrantes nos programas de vacinação, como forma de ultrapassar os prejuízos causados pela pandemia, incluindo os económicos. O alerta foi deixado, ontem, na II Conferência Interparlamentar de Alto Nível sobre Migração e Asilo, que decorreu em Bruxelas e em Lisboa.
“A recuperação económica está intrinsecamente ligada à implementação da vacinação e é crítica a necessidade de incluir os migrantes, os refugiados e outras pessoas em movimento nos esforços globais de vacinação”, frisou António Vitorino, para quem “estamos em risco de criar uma nova assimetria em todo o Mundo”.
Entende que “a pandemia mostrou a importância dos trabalhadores migrantes como uma parte importante da força trabalhadora, em muitos setores como a agricultura. Muitos tiveram que regressar aos seus países, por não conseguirem encontrar empregos, devido aos confinamentos”.
MÃO DE OBRA ESSENCIAL
Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República, alertou para “a falta continuada do acesso às vacinas”, nos países em desenvolvimento. E reiterou a importância dos migrantes na Europa, até porque, “nos próximos anos, teremos falta de mão de obra, com a necessidade de recrutamento em países terceiros”.
Mensagem semelhante deixou Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, para quem “a Europa precisa de migrantes” e do “impulso positivo de pessoas que vêm de outros continentes”, porque “somos um continente envelhecido”.