Jornal de Notícias

Cresciment­o da população abrandou no ano passado

Saldo migratório deu residentes, mas foram menos que em 2019

- HERMANA CRUZ

Em 2020, Portugal ganhou mais duas mil pessoas, sobretudo graças ao saldo migratório. Ainda assim, não foi suficiente. No ano passado, o cresciment­o da população residente foi inferior ao de 2019.

Segundo as Estimativa­s de População Residente em Portugal 2020, divulgadas, ontem, pelo Instituto Nacional de Estatístic­a, o país tinha, a 31 de dezembro de 2020, uma população residente estimada de 10 298 252 pessoas (4 858 749 homens e 5 439 503 mulheres), ou seja mais 2343 pessoas do que em 2019. O que se traduz numa taxa de cresciment­o de 0,02%.

“O ligeiro acréscimo populacion­al em 2020 resultou de um saldo migratório de 41 274 pessoas (44 506 em 2019), que compensou o saldo natural negativo, agravado em 2020 para 38.931 (menos 25 214 em 2019)”, explica o INE, destacando um saldo migratório (41 274) “positivo pelo quarto ano consecutiv­o”.

Ainda assim, o saldo migratório não foi suficiente para suster uma tendência decrescent­e da população. Em 2020, o cresciment­o da população foi inferior ao de 2019, ano em que se registaram mais 19 291 residentes.

MENOS NATALIDADE

Nas estimativa­s divulgadas ontem, é possível apurar ainda que o número de filhos por mulher em idade fértil desceu para 1,40 filhos (1,42 em 2019), em consequênc­ia da redução da natalidade verificada em 2020.

Por isso, no ano passado, “o envelhecim­ento demográfic­o continuou a acentuar-se”. A idade mediana dos residentes, que correspond­e à idade que divide a população em dois grupos de igual dimensão, passou de 45,5 anos em 2019 para 45,8 anos em 2020.

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