Ponte de Lima não é terra de caça-níqueis
1 – Gosto muito da forma como o meu concelho, Ponte de Lima, vem sendo gerido, com contas em ordem, os mais diversos eventos culturais, desportivos e gastronómicos, muitos espaços verdes bem tratados, vias pedonais e cicláveis, onde o cidadão não é “extorquido” por tudo e nada – ao contrário do que sucede um pouco por todo o lado, com “taxas e taxinhas”, como dizia o outro.
2 – Um dos últimos domingos, estava no carro a ler o JN, quando estacionou ao meu lado uma família de forasteiros e o senhor me veio perguntar se ali se pagava estacionamento. Tive a satisfação de poder responder-lhe que, em Ponte de Lima, todo o espaço para aparcamento ao ar livre, e é muito, está totalmente isento de pagamento. O senhor agradeceu a informação e comentou que devemos ser caso raro por esse país fora, onde o munícipe ou o visitante quase sempre são vistos e tratados como mera fonte de receita.
3 – Um ditador da velha escola soviética, espécie de presidente vitalício do seu país, sabendo que num avião que sobrevoava o seu reino viajava um jovem jornalista que lhe destapara as misérias, mandou a força aérea intercetar e desviar o dito aparelho, para o prender e torturar.
Como seria de esperar, um crime de tal calibre foi de imediato condenado por todo o Mundo onde há alguma decência.
Mas é claro que não se ouviu de certos “conselheiros da paz” – assoberbados que andam a atacar as políticas norte-americanas – igual posição, com uma palavra que fosse de compreensão e apoio àquele jornalista e à namorada, que também levou por tabela, por se ter atrevido a relacionar-se com um “criminoso”.
AMÂNDIO G. MARTINS amandiogmartins@gmail.com