Fábio Martins
Depois de dois empréstimos, ao Famalicão e ao Al-Shabab, o extremo continua com o futuro incerto. O Braga não descarta uma transferência definitiva mas Fábio Martins também pode ser reforço de Carlos Carvalhal.
Depois de quase desistir do sonho de ser ciclista profissional e de recuperar de uma queda que, há menos dois meses, o atirou para a mesa de operações, Maurício Moreira (Efapel) passou da desilusão à consagração e partilhou com o JN as emoções do ano de estreia no ciclismo português.
ÊXITO Vencer o GP Douro Internacional foi um dos maiores feitos como ciclista?
Foi a corrida mais importante da minha carreira. Não só por a ter ganho, vencendo duas etapas, mas também pela forma como fui acolhido pela equipa. Deram-me muita confiança e segurança e isso tornou a vitória muito especial.
Acreditou desde o primeiro dia que podia vencer?
Sinceramente, não pensava que podia vencer. Vinha de um período mau, estava sem confiança, e sabia que esta era uma corrida muito dura. Mas a equipa apostou em mim e trabalhou muito para eu vencer. Foi isso que me deu força.
Sim, foi um tempo que gostaria de esquecer, mas também foi um momento de aprendizagem, sobretudo na recuperação da cirurgia. Senti que estava inserido numa família e não apenas numa equipa.
Como se deu a oportunidade de vir para Portugal?
Estive a correr quatro anos em Espanha, mas no último fui ciclista amador, e quase pensei em regressar ao Uruguai e acabar com o sonho de ser profissional. A Efapel deu-me essa oportunidade de vir morar para Portugal com a minha namorada, que sempre me deu força para continuar. Estamos muito felizes e fomos bem acolhidos.
Sentiu muito a diferença entre o ciclismo em Espanha e o de Portugal?
É muito diferente, mas senti que aqui todas as equipas têm a motivação de ganhar em qualquer uma das provas. Entregam-se à corrida até ao último momento.
A sua família no Uruguai tem acompanhado a sua carreira aqui em Portugal?
Sim, estão sempre a acompanhar as corridas através da Internet. Ainda no contrarrelógio deste GP Douro Internacional, mesmo com a diferença horária, estiveram a assistir até às cinco horas da manhã.
Participar na Volta a Portugal é um dos seus objetivos?
Desde que estou na Europa, todos me falam com muito carinho da “Grandíssima”. Poder disputá-la será um sonho. Se for escolhido, vou dar o máximo para retribuir o esforço que a equipa fez por mim.