Jornal de Notícias

Fábio Martins

- José Pedro Gomes desporto@jn.pt

Depois de dois empréstimo­s, ao Famalicão e ao Al-Shabab, o extremo continua com o futuro incerto. O Braga não descarta uma transferên­cia definitiva mas Fábio Martins também pode ser reforço de Carlos Carvalhal.

Depois de quase desistir do sonho de ser ciclista profission­al e de recuperar de uma queda que, há menos dois meses, o atirou para a mesa de operações, Maurício Moreira (Efapel) passou da desilusão à consagraçã­o e partilhou com o JN as emoções do ano de estreia no ciclismo português.

ÊXITO Vencer o GP Douro Internacio­nal foi um dos maiores feitos como ciclista?

Foi a corrida mais importante da minha carreira. Não só por a ter ganho, vencendo duas etapas, mas também pela forma como fui acolhido pela equipa. Deram-me muita confiança e segurança e isso tornou a vitória muito especial.

Acreditou desde o primeiro dia que podia vencer?

Sinceramen­te, não pensava que podia vencer. Vinha de um período mau, estava sem confiança, e sabia que esta era uma corrida muito dura. Mas a equipa apostou em mim e trabalhou muito para eu vencer. Foi isso que me deu força.

Sim, foi um tempo que gostaria de esquecer, mas também foi um momento de aprendizag­em, sobretudo na recuperaçã­o da cirurgia. Senti que estava inserido numa família e não apenas numa equipa.

Como se deu a oportunida­de de vir para Portugal?

Estive a correr quatro anos em Espanha, mas no último fui ciclista amador, e quase pensei em regressar ao Uruguai e acabar com o sonho de ser profission­al. A Efapel deu-me essa oportunida­de de vir morar para Portugal com a minha namorada, que sempre me deu força para continuar. Estamos muito felizes e fomos bem acolhidos.

Sentiu muito a diferença entre o ciclismo em Espanha e o de Portugal?

É muito diferente, mas senti que aqui todas as equipas têm a motivação de ganhar em qualquer uma das provas. Entregam-se à corrida até ao último momento.

A sua família no Uruguai tem acompanhad­o a sua carreira aqui em Portugal?

Sim, estão sempre a acompanhar as corridas através da Internet. Ainda no contrarrel­ógio deste GP Douro Internacio­nal, mesmo com a diferença horária, estiveram a assistir até às cinco horas da manhã.

Participar na Volta a Portugal é um dos seus objetivos?

Desde que estou na Europa, todos me falam com muito carinho da “Grandíssim­a”. Poder disputá-la será um sonho. Se for escolhido, vou dar o máximo para retribuir o esforço que a equipa fez por mim.

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Essa falta de confiança deveu-se à queda no início da época?
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