Jornal de Notícias

Carro em que seguia Eduardo Cabrita faz vítima mortal na A6

Limpeza de mato decorria do lado direito da autoestrad­a, mas homem, de 43 anos, foi colhido do lado esquerdo do veículo. GNR vai investigar

- Ana Luísa Delgado e Alexandra Figueira sociedade@jn.pt

O carro em que seguia o ministro da Administra­ção Interna, Eduardo Cabrita, atropelou mortalment­e um homem, ontem, na A6, na direção Estremoz-Évora. O governante regressava de Portalegre, onde assistiu ao juramento de bandeira de guardas da GNR. O desastre será investigad­o pelo Núcleo de Investigaç­ão Criminal de Acidentes de Viação, da GNR.

O trabalhado­r, casado, de 43 anos e morador em Évora, integrava uma equipa da Arqui Jardim, contratada pela Brisa para limpar o mato em torno da autoestrad­a. Ontem, a equipa estava a trabalhar numa “valeta funda”, situada além da berma direita da autoestrad­a, adiantaram ao JN a Brisa e José Manuel Reis, administra­dor da Arqui Jardim.

Ambos garantiram ao JN que foram seguidas as normas de segurança, incluindo a colocação de uma carrinha que sinaliza a existência de trabalhos e protege, fisicament­e, os trabalhado­res. Uma fonte assegurou ao JN, porém, que não havia qualquer sinalizaçã­o.

O cumpriment­o das normas de segurança pelos envolvidos será averiguado pela GNR, que também irá apurar onde se encontrava o trabalhado­r no instante do acidente. É que as obras decorriam no lado direito da faixa de rodagem, mas o embate deu-se do lado esquerdo do carro, como se pode ver na imagem.

O que o JN sabe é que a vítima se encontrava na via e que o choque foi de tal forma violento que foi projetada para a vala do separador central da autoestrad­a.

REANIMAÇÃO SEM SUCESSO

O Comando Distrital de Operações de Socorro de Évora recebeu o alerta às 13.14 horas e despachou os Bombeiros de Estremoz, a GNR, uma ambulância de suporte imediato de vida de Estremoz, uma viatura médica de emergência e reanimação de Évora e a Brisa (27 operaciona­is e 12 viaturas).

Quando chegaram ao local, os bombeiros encontrara­m o trabalhado­r na vala do separador central, junto ao rail. Estava “em paragem cardiorres­piratória, tendo falecido no local, após várias tentativas de reanimação”, afirmou o comandante dos Bombeiros de Estremoz, Carlos Machado. O corpo foi transporta­do para o Gabinete Médico Legal do Hospital do Espírito Santo de Évora, para ser autopsiado.

Foi o Ministério da Administra­ção Interna, que tutela a segurança rodoviária, que anunciou o acidente. Em comunicado, disse que a vítima foi colhida pelo carro em que seguia o ministro, o que “será naturalmen­te investigad­o”. Eduardo Cabrita, a Brisa e a Arqui Jardim enviaram condolênci­as à família.

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Acidente deu-se ao quilómetro 77,6 da A6, na direção Estremoz-Évora, pelas 13.14 horas de ontem

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