Jornal de Notícias

Novos descontos deverão entrar em vigor a partir de 1 de julho e aplicam-se em autoestrad­as no interior do país

- Diogo Ferreira Nunes * diogofnune­s@dinheirovi­vo.pt

Foi com regozijo que a maioria dos autarcas e empresário­s beneficiad­os pela redução de 50% nos valores das portagens em ex-scut receberam a notícia da sua aprovação em Conselho de Ministros, anteontem. O desconto deverá entrar em vigor a 1 de julho e aplica-se às antigas autoestrad­as sem custos para o utilizador no interior do país. A medida apenas tem impacto se os veículos tiverem um dispositiv­o eletrónico do tipo Via Verde.

A22, A23, A24, A25, A28, A29, A41 e A42 são as sete autoestrad­as que vão beneficiar do novo regime de descontos, salienta o comunicado do Conselho de Ministros. As A4, A13 e A17 são as ex-scut fora destes novos descontos.

A medida aprovada pelos partidos para o Orçamento do Estado deste ano terá um encargo entre 117 e 149 milhões de euros, segundo parecer da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) da Assembleia da República divulgado em maio.

SEGUNDO DESCONTO

Este é o segundo regime de descontos nas ex-scut que entrará em vigor neste ano. Desde 11 de janeiro, há 25% de redução de preço nas portagens para os veículos das classes 1 e 2 a partir do oitavo dia de viagem em 11 autoestrad­as (A4, A13, A17, A22, A23, A24, A25, A28, A29, A41 e A42).

Os descontos são maiores para os veículos de transporte de passageiro­s e de mercadoria­s: 35% nas viagens entre as 8 e as 19.59 horas; 55% de desconto entre as 20 e as 7.59 horas do dia seguinte e aos fins de semana e feriados. Nos primeiros três meses deste ano, a A25 foi a via mais utilizada e onde a redução de preços mais se sentiu, segundo dados solicitado­s pelo Dinheiro Vivo à Infraestru­turas de Portugal no início de maio.

Na A25, foram aplicados 1,09 milhões de euros em descontos no primeiro trimestre. A medida teve um impacto de 12,3% sobre os 8,84 milhões de euros de receita potencial da autoestrad­a que liga Aveiro até ao distrito da Guarda e que é gerida pela Ascendi, ao abrigo da concessão Beiras Litoral e Alta.

A maioria dos autarcas do distrito de Vila Real está satisfeita com os descontos, assim como a Plataforma P’la Reposição das SCUT A23 e A25, que continua, porém, a defender a sua abolição.

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