A melhor aluna da Universidade de Aveiro
Juliana Salvadorinho estuda Engenharia e Gestão Industrial. Diz que escolher o que se gosta é o “motor de arranque”
Juliana Salvadorinho foi premiada pela Universidade de Aveiro (UA) por ter sido a melhor finalista do mestrado integrado em Engenharia e Gestão Industrial e a melhor finalista dos Cursos de Licenciatura e Mestrado Integrado, ambos com média final de 19 valores. As distinções, entregues pelo reitor, Paulo Jorge Ferreira, não surpreenderam a jovem, de 24 anos, habituada a ganhar prémios desde o ensino preparatório.
A escolha pela Engenharia Industrial foi bem pensada e é nesta área que se imagina no futuro, contou ao JN. “Desde nova pensei em seguir medicina, pois há um certo estereótipo de que quem tem boas notas vai para medicina”. No 12.o ano, porém, tentou perceber melhor a vocação e procurou outras opções na área das engenharias, pois “gostava de matemática”. “Foi o melhor que fiz”, afiança.
Escolheu a UA pelo “lado inovador e ligação ao mundo empresarial” e entrou sem dificuldades: tinha média de acesso de 19,2 e a do curso rondaria “14 ou 15” valores. Ganhou bolsa como melhor caloira e continuou a distinguir-se ao longo do percurso académico, renovando bolsas na UA e recebendo distinções até da Direção-Geral do Ensino Superior. Na tese de mestrado, por exemplo, conseguiu “20 valores”.
Atualmente está a fazer doutoramento, dedicando-se a analisar ”o fator humano na indústria 4.0”, ou seja, “como vão estar os recursos humanos neste paradigma digital e como os reter nas empresas”.
“O objetivo é sempre dar o meu melhor”, conta, justificando o sucesso. Outros conselhos que deixa a quem se quiser distinguir é “manter o foco” e procurar orientar o percurso de vida para “aquilo de que se gosta”, um “motor de arranque” para se ser melhor.
Sabe que hoje é difícil “arranjar emprego”, mas “há sempre lugar para os excelentes”, daí a importância de “tentar chegar sempre mais longe”.