Rui Costa projeta eleições e também entrar na corrida
Dossiês financeiros e estabilidade no início da época atiram decisão para setembro/outubro
Assegurado o período em que o foco se encontra na estabilidade da SAD, em torno do empréstimo obrigacionista e no arranque da nova época desportiva, com a equipa a discutir a presença na Liga dos Campeões, o JN sabe que a atual liderança de Rui Costa projeta avançar com o dossiê de eleições antecipadas. Uma ideia, ao que apurámos, que o atual número um avalia desde o início do novo contexto como forma de legitimar a liderança no clube, independentemente da identidade dos órgãos sociais.
Rui Costa, sabe o JN, sente-se preparado e com a ambição de entrar na corrida para pedir a aprovação dos sócios. No entanto, é provável que o cenário só seja avaliado abertamente em setembro ou outubro, momento julgado ideal para agendar uma data.
Hoje, os órgãos sociais efetuam uma reunião ordinária e vão certamente analisar a questão diretiva. Face ao momento sensível, é provável que surja uma mensagem política de união em torno da atual liderança. Mas não é de excluir que haja também quem deseje garantir já o agendamento de eleições.
VIEIRA PONDERA VOLTAR
Neste contexto, Magalhães e Silva, advogado de Luís Filipe Vieira, que suspendeu a função no clube, arrasou os dados revelados pela investigação e admite que o antigo presidente pensa voltar ao clube. “É uma coisa que está a ponderar. Suspendeu as funções de presidente e quando entender retomar nada o impedirá. Será ele a decidir”, disse à TVI.
O advogado revela também que o dirigente reagiu “com ar de amargura” à subida de Rui Costa. “Disse-lhe no final do interrogatório. A exclamação dele foi: ‘Fizeram isso?’ Mais nada. Não disse rigorosamente mais nada. Com um ar de amargura disse-me: ‘Fizeram isso?’”, destacou.
Magalhães e Silva defende que as suspeitas da investigação exibem “relações económicas normais”. “Quando ouço falar em lesão dos interesses do Benfica, pergunto que interesses?”