Casas adaptadas e em comunidade para ajudar idosos
Plano de Ação tem onze propostas para promover envelhecimento saudável. Já foi entregue ao Governo
O Plano de Ação do Envelhecimento Ativo e Saudável da Rede Portuguesa de Envelhecimento Saudável e Ativo (RePEnSA) é mais um passo para melhorar a vida dos idosos em Portugal, em linha com a agenda da Organização das Nações Unidas (ONU), que estima que o número mundial de idosos duplique até 2050.
O documento, apresentado ontem na Universidade Nova de Lisboa e entregue ao Governo, conta com 11 propostas de atividades que assentam em três pilares: envelhecimento saudável e ativo, satisfação das necessidades da população em envelhecimento e observação, conhecimento e monitorização das populações idosas.
Consciente de que a autonomia é um dos problemas com que os mais velhos se debatem, a rede defende a estratégia “Casa + Adaptada”, que consiste na adaptação dos domicílios às necessidades dos idosos. Por exemplo, dotar um quarto de uma barra de apoio para que consigam, com menos dificuldades, levantar-se da cama. “Queremos manter o máximo de pessoas nas suas casas”, disse Nuno Marques, diretor do Algarve
SALVA
Os Serviços de Apoio à Longevidade e à Vida Autónoma (SALVA) visam a criação de equipas multidisciplinares. A oferta seria mais alargada do que a das as atuais equipas de apoio domiciliário.
Reforma gradual
Além da promoção do empreendedorismo sénior, o plano prevê uma passagem gradual para reforma, através da redução do horário laboral. Desta forma, os mais velhos podem dar formação aos mais novos e manter a produtividade.
Biomedical Center da Universidade do Algarve, um dos quatro Centros de Referência da RePEnSA, a que se juntam o Porto4Ageing (Universidade do Porto), o Ageing@Coimbra (Universidade de Coimbra) e a Lisbon-AHA (Universidade Nova de Lisboa).
COMPRA DE 14 MIL TABLETS
Outra das ideias passa pela integração em comunidades residenciais, onde se poderá promover a autonomia e atenuar possíveis situações de solidão. Os que necessitem de cuidados de saúde devem ser integrados em estabelecimentos residenciais de cuidados integrados de longa duração.
Na área das novas tecnologias, Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que encerrou a sessão de apresentação, avançou que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) prevê uma verba para o “apoio domiciliário 4.0” para a compra de 14 mil tablets, que permitirá um acompanhamento à distância.