Jornal de Notícias

Candidata-se com o apoio do PS e do Juntos Pelo Povo à Câmara da Maia, sendo a criação de mais espaços verdes a sua prioridade

- POR Alfredo Teixeira locais@jn.pt

O filho de José Vieira de Carvalho, o autarca que governou a Maia quase ininterrup­tamente durante três décadas, volta a candidatar-se pelo PS e com o apoio do Juntos Pelo Povo (JPP). Em 2017, perdeu para Silva Tiago, do PSD/CDS-PP. A aposta agora é criar uma Maia “mais amiga do ambiente”.

Há quatro anos saiu derrotado nas eleições. O que o fez voltar a candidatar-se?

É a vontade das pessoas. Não é vontade própria, nem das pessoas que estão comigo, cerca de 200 autarcas, mas a vontade e o apoio de quem quer este projeto que defende um novo futuro para a Maia.

Apesar disso, não foi a primeira escolha do PS, que lançou inicialmen­te o nome de Teresa Almadanim, que abandonari­a a candidatur­a...

Essa questão passa-me ao lado. Há mais de um ano que sou o candidato escolhido por António Costa. Agora, como sou independen­te, essas questões internas do partido já não sei.

Que ideias novas tem para a Maia?

O que a Maia necessita é de um novo futuro, de ser uma ecocidade. Uma cidade de 15 minutos onde, nesse espaço de tempo, a pé ou de bicicleta as pessoas cheguem ao emprego, à cultura, ao desporto. Uma Maia que assenta na saúde pública e bem estar. A Maia vem de uma era de obras e a verdade é que de quatro em quatro anos há um misto de obras e campanha.

Mas os investimen­tos não são necessário­s para resolver necessidad­es estruturai­s?

As obras são sempre necessária­s, mas devem ser realizadas ao longo do mandato e não concentrad­as nos meses que antecedem as eleições. Esse é a ideia de uma Maia antiga e o nosso pensamento é diferente.

Mas então que projetos pensa realizar se for eleito?

A aposta será nos espaços verdes e na criação do maior parque urbano central, com o diâmetro de dois mil metros, com início no centro até à zona onde é realizada a Feira da Maia, sob a via rodoviária que ficará em túnel. Algo como o londrino St. James’s Park. E fazer zonas verdes de proximidad­e.

E que outras carências ainda tem a Maia?

De habitação social e sobretudo rendas acessíveis, sendo essa a única forma de colocar os mais jovens e os menos jovens, a classe mais baixa, a média e a alta juntos no mesmo edifício. Um modelo muito utilizado no estrangeir­o: em vez da autarquia entregar uma casa social o ideal é proporcion­ar rendas acessíveis para quem necessita, evitando-se guetos. A ideia de construção de grandes bairros camarários está ultrapassa­da.

Temos de fazer uma reconcilia­ção entre a Maia urbana e a rural. Isso resolve-se com a criação de ciclovias e passagens pedonais, ligando toda esta mescla.

Como classifica a gestão autárquica de Silva Tiago?

Entendemos que a atuação no caso Tecmaia era duvidosa e o JPP entendeu que a justiça devia-se pronunciar-se. A pronuncia ainda está a meio mas, em termos éticos, compete agora aos maiatos dizer o que acham sobre o uso de dinheiros públicos para pagar dívidas privadas.

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A Maia é um concelho com diferentes graus de desenvolvi­mento. Como pensa resolver isso?
O candidato diz que cabe aos maiatos pronunciar­em-se agora sobre a atuação de Silva Tiago no caso Tecmaia A Maia é um concelho com diferentes graus de desenvolvi­mento. Como pensa resolver isso?
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