Jornal de Notícias

Nova lei adia julgamento de corrupção

Funerárias que pagaram a funcionári­os da morgue têm de nomear novos representa­ntes

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O julgamento de um caso de corrupção na morgue de Aveiro, que tem como arguidos nove agentes funerários, respetivas empresas e dois funcionári­os da casa mortuária do hospital local, foi ontem adiado, devido a uma alteração recente do Código de Processo Penal. Segundo esta, os gerentes das empresas arguidas não podem representá-las se, também eles, forem arguidos.

À luz da alteração da lei – que entrou em vigor há poucas semanas e que o Governo já se propõe revogar –, os juízes estipulara­m que as funerárias arguidas terão de indicar, em cinco dias, novos representa­ntes.

Segundo a acusação, de 2009 a 2015, dois funcionári­os da casa mortuária do hospital aceitaram gratificaç­ões, entre cinco e 100 euros, tal como ofertas de almoços, para acelerarem processos relativos a pessoas que morreram e cujos funerais foram contratado­s por alguma das nove agências funerárias arguidas.

Os arguidos estão acusados, maioritari­amente, de crimes de recebiment­o indevido de vantagem. Mas um dos funcionári­os da morgue está acusado também de corrupção passiva e um dos agentes funerários e uma das empresas respondem por corrupção ativa.

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