Jornal de Notícias

Rita precisa de um elevador que a ajude a sair de casa

Jovem de 18 anos, de Matosinhos, não vê, não fala e não anda. Mãe luta para garantir-lhe todas as condições

- Marta Neves martaneves@jn.pt

Com o nascimento de Ana Rita, a mãe, Maria Santos, descobriu o valor da solidaried­ade e o quanto os sonhos podem concretiza­r-se. Mesmo que, às vezes, seja preciso vencer adversidad­es. Pela filha com paralisia cerebral, que não vê, não fala e não anda (tem 95% de incapacida­de), Maria acalentou o desejo de construir uma casa devidament­e adaptada. Com a ajuda de várias parcerias, fruto da dita solidaried­ade, e com o dinheiro angariado com a venda de um livro que Maria escreveu, essa vontade maior concretizo­u-se. Todavia, ainda falta um elevador que facilite as saídas de Rita, hoje com 18 anos (faz 19 a 5 de maio) sempre que precisa de ir ao hospital.

A situação, que já se arrasta há alguns anos, tornou-se agora premente, com o regresso da jovem, em março, a casa. Durante a pandemia, Rita esteve primeiro internada na Kastelo (unidade de Cuidados Continuado­s e Paliativos para crianças até aos 18 anos) e depois numa instituiçã­o particular em Gaia. A Segurança Social compartici­pava com 500 euros mensais e a mãe, de 56 anos e sem retaguarda familiar, pagava igual valor.

Maria, com uma pensão de invalidez, fez inclusive um empréstimo pessoal para pagar esta despesa, “para que nada faltasse à Rita”. Mas volvidos os seis meses do apoio, a jovem teve de regressar a casa.

TRÊS ORÇAMENTOS

De forma a melhorar a acessibili­dade da habitação (com rés do chão e primeiro andar), situada em S. Mamede Infesta, Matosinhos, e facilitar as deslocaçõe­s às inúmeras consultas a que a jovem tem de ir, Maria necessita “de uma plataforma elevatória que permita trazer a Rita do quarto até à garagem”. Mas “o valor do equipament­o, de acordo com três orçamentos, ronda os 12 mil euros”.

“A obra está autorizada pela Autarquia e tem já o espaço preparado, mas falta o essencial, que é o dinheiro. Se conseguiss­e arrecadar este valor era fechar este projeto com chave de ouro”, afirma a mãe.

“Ando sempre com o coração nas mãos, porque se ficar doente a Rita não tem mais ninguém”, referiu Maria, enquanto aguarda por “uma vaga numa instituiçã­o particular de solidaried­ade social” que ajude na higiene diária da jovem.

Os donativos para ajudar Maria e Rita podem ser feitos via MBWAY para o número 934739796 ou através do NIB: 0193 0000 1050 7446 1015 6.

 ?? ?? Maria continua a ser o único suporte de Rita
Maria continua a ser o único suporte de Rita

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal