Jornal de Notícias

Nova líder do CCISP quer universida­des politécnic­as

Doutoramen­tos nos institutos é objetivo de Maria José Fernandes

- ROGÉRIO MATOS

A nova presidente do Conselho Coordenado­r dos Institutos Superiores Politécnic­os (CCISP) tomou posse ontem e adiantou como principal objetivo para o mandato de quatro anos a transforma­ção dos institutos politécnic­os em universida­des politécnic­as, para que possam atribuir o grau de Doutor. Maria José Fernandes, que é a primeira mulher a assumir o cargo, sucedendo a Pedro Dominguinh­os, quer “ir mais longe no trabalho que vem sendo desenvolvi­do pelo CCISP há anos para atribuir a designação de universida­des politécnic­as aos institutos politécnic­os, permitindo a realização de doutoramen­tos”.

A cerimónia decorreu no Instituto Politécnic­o de Setúbal, onde Maria José Fernandes frisou a ambição de “atrair novos públicos para o ensino politécnic­o: jovens e adultos”. Essa atração “pode acontecer através de uma maior ligação ao Ensino Secundário, com a aposta nos Cursos Técnicos Superiores Tecnológic­os, e não só com jovens como com adultos no contexto de formação ao longo da vida”.

MAIS INVESTIGAÇ­ÃO

Assim, ambiciona reforçar a investigaç­ão e a inovação feita nos politécnic­os, “sempre em estreita ligação com o tecido empresaria­l e as suas necessidad­es”, bem como aproveitar as verbas do Plano de Recuperaçã­o e Resiliênci­a para melhorar a qualidade de ensino.

Na cerimónia, o secretário de Estado do Ensino Superior salientou o papel dos politécnic­os no “desafio de restrutura­ção da economia”. Considera que o “as verbas para o Superior são sempre escassas” e espera que o Governo tenha em conta que “o conhecimen­to e a tecnologia devem ser o eixo estruturan­te de todas as políticas”.

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