Líder do CDS/PP quer marcar um novo congresso
Nuno Melo pretende abrir órgãos do partido a eleitos locais. Em análise o fim das tendências
O CDS-PP vai ter um novo congresso nos próximos meses. Desta feita, será estatutário para que seja possível ao líder Nuno Melo avançar com um conjunto de medidas que visam a “modernização” do partido. Em cima da mesa também a extinção das tendências internas. O congresso estatutário extraordinário será aprovado em Conselho Nacional a realizar-se amanhã em Lisboa.
No congresso em que foi eleito, no início deste mês, em Guimarães, Nuno Melo prometeu uma renovação profunda do partido, anunciando a convocação de um congresso estatutário.
É precisamente isso que vai ser discutido no Conselho Nacional de amanhã, na sede nacional, pretendendo-se que seja nomeada uma Comissão Organizadora do Congresso (COC), com poderes para escolher a data e o local do conclave, que deverá ocorrer até ao verão.
VALORIZAR OS ATIVOS
“Sempre disse que faria um congresso estatutário. É preciso modernizar o funcionamento do partido, dar-lhe agilidade numa altura em que não estamos na Assembleia da República”, justifica, ao JN, Nuno Melo.
O líder do CDS-PP adianta ainda que pretende “valorizar os ativos do partido”. Por exemplo, que representantes das autarquias e dos órgãos regionais da Madeira e dos Açores tenham assento por inerência na Comissão Política Nacional e na Comissão Executiva do CDS-PP. Com o mesmo intuito, os líderes do partido nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores serão vice-presidentes do CDS-PP.
Além disso, Nuno Melo defende que o Gabinete de Estudos passe a participar nas reuniões da Comissão Executiva e que seja alterada a estrutura do Senado.
“Porque quero um partido de ideias e são condições fundamentais para se transformar o CDS-PP num partido moderno do século XXI”, considera.
QUOTAS PASSAM A SER PAGAS
Em cima da mesa vai acabar por estar a extinção das tendências no CDS-PP. Uma medida que Nuno Melo defendeu no congresso de Guimarães, o que levou a única corrente de opinião formalizada, a TEM – Esperança em Movimento, a acusar Nuno Melo de ter “falhado nas prioridades”.
Estará em debate o fim da isenção do pagamento de quotas. Trata-se de uma medida que visa aproximar os cadernos eleitorais do CDS-PP da realidade e que pretende ajudar a consolidar as contas do partido.