Jornal de Notícias

Excedente cai para metade no mês da guerra

Face ao primeiro trimestre de 2019, ainda sem efeito da pandemia, o saldo degradou-se em 170,5 milhões de euros

- Luís Reis Ribeiro luis.ribeiro@dinheirovi­vo.pt

O excedente acumulado das contas públicas portuguesa­s, em contabilid­ade de caixa, caiu para metade em março face a fevereiro deste ano (o conflito na Ucrânia iniciou-se a 24 de fevereiro), revela o gabinete do ministro das Finanças, Fernando Medina. O saldo é positivo, cerca de 672 milhões de euros, mas fica bastante abaixo do valor apurado nos dois primeiros meses de 2022 (1,2 mil milhões de euros).

Numa nota enviada às redações, o Ministério sublinha que o saldo orçamental no final deste primeiro trimestre é bastante superior ao registado no mesmo período de 2021, quando a pandemia estava na fase mais aguda.

“A execução orçamental em contabilid­ade pública registou um excedente de 672 milhões de euros no primeiro trimestre de 2022. Em comparação com o primeiro trimestre do ano passado, período em que a atividade económica foi fortemente afetada por um confinamen­to geral, o saldo melhorou 3071 milhões de euros”, refere a nota.

“Tendo por comparação o primeiro trimestre de 2019, ainda sem efeito da pandemia, o saldo degradou-se em 170,5 milhões de euros”, acrescenta­m as Finanças.

No entanto, o gabinete de Fernando Medina opta por analisar os novos dados da execução orçamental comparando-os com o primeiro trimestre do ano passado, marcado pelo pico na crise pandémica.

EFEITO DA RETOMA

Assim, a evolução nos primeiros três meses de 2022 é impression­ante, de facto.

Segundo o Ministério, esta dinâmica “traduz a melhoria da atividade económica e do mercado de trabalho bem como a redução dos encargos associados às medidas

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