Pássaro “high-tech” em emergência médica no Hospital de S. João
Voo de experimentação de drones batiza o que será a primeira área de mobilidade aérea em cenários de crise
ZLT é a sigla para Zona Livre Tecnológica, a instalar no Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ). O que será a primeira área de mobilidade aérea urbana em Portugal associada à emergência médica ou de catástrofe teve ontem um ato inaugural, com o voo de experimentação dos drones que hão de servir ao transporte de medicamentos, de amostras biológicas, de órgãos, de antídotos, de componentes ou de derivados de sangue necessários em situações de absoluta urgência.
A base destes pássaros “high tech” funcionará no mesmo espaço de outra infraestrutura avançada de emergência médica que está para surgir no CHUSJ, o heliporto, a concluir este ano, no mesmo espaço, na frontaria do hospital, que outrora também foi uma pista de aterragem, encerrada há mais de vinte anos.
Os objetivos complementam-se: encurtar distâncias e tempo para prestar melhores serviços de saúde e “aproximar o Serviço Nacional de Saúde às populações, com ferramentas mais modernas e mais atrativas.
Os desafios das biotecnologias têm futuro”, disse o secretário de Estado adjunto da Saúde, Lacerda Sales.
“É o embrião de muitos projetos futuros, numa área de enorme potencial, com vantagens do ponto de vista clínico e económico”, verificou Fernando Araújo, administrador do CHUSJ, que prevê a instalação no Porto de um “hub” internacional da mobilidade aérea em emergência médica.
Todas estas soluções de base tecnológica ainda carecem de certificação e de aprovação dos reguladores, designadamente por parte da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o que deverá suceder até ao final deste ano. Fernando Araújo prevê e deseja ter o “hub” a funcionar “em 2023, em forma de rotina”.