Atraso na entrega do correio leva sindicato a pedir intervenção
Demora de quatro dias na correspondência normal e de três na registada, no Tâmega e Sousa
As cartas e postais de “correio normal” que deveriam ser entregues em três dias úteis estão a ser distribuídos, na região do Tâmega e Sousa, apenas ao sétimo dia útil. Já a correspondência registada que deveria chegar “num dia útil”, está a ser entregue nos domicílios “só ao quarto dia útil”.
A denúncia é feita pelo Sindicato Independente dos Correios, Telecomunicações, Transportes e Expresso de Portugal (SICTTEXPT), com sede em Penafiel, e que pediu à Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa uma tomada de posição “firme junto do Governo e das entidades reguladoras”.
“Este cenário vem colocar em causa o desenvolvimento e coesão social desta região, na medida em que agrava as assimetrias já por si existentes”, garante Samuel Vieira, presidente do SICTTEXPT. O pedido enviado à CIM é, segundo o responsável, subscrito pelos trabalhadores dos CTT e por presidentes de juntas de freguesia.
CONTRATO DE SETE ANOS
Refira-se que, em fevereiro, entrou em vigor o novo contrato de concessão do setor postal, celebrado entre o Estado e a empresa CTT – Correio de Portugal. O novo contrato vigorará nos próximos sete anos, prevendo, na sua essência, a manutenção dos padrões de serviço (prazo de entrega de correio).
“Porém temos verificado que existe uma sistemática violação dos prazos de entrega. A culpa, no dizer de Samuel Vieira, “resulta da implementação de um novo modelo de distribuição” por parte da empresa, “que tem como objetivo primordial a extinção de um colossal número de postos de trabalho, que vai afetar não só os trabalhadores dos CTT, mas também as comunidades em que estão inseridos, bem como a população em geral”, alerta.
“Este modelo de distribuição vem agravar os défices de entrega em tempo útil das correspondências, vales de reforma e encomendas, violando o estabelecido no contrato de concessão”, reforça o sindicalista.
Em Felgueiras, Lousada, Amarante e Penafiel, o novo modelo de distribuição é já uma realidade, seguindo-se agora a expansão da nova diretriz nos concelhos do Marco e Castelo de Paiva.