Jornal de Notícias

Atraso na entrega do correio leva sindicato a pedir intervençã­o

Demora de quatro dias na correspond­ência normal e de três na registada, no Tâmega e Sousa

- António Orlando locais@jn.pt

As cartas e postais de “correio normal” que deveriam ser entregues em três dias úteis estão a ser distribuíd­os, na região do Tâmega e Sousa, apenas ao sétimo dia útil. Já a correspond­ência registada que deveria chegar “num dia útil”, está a ser entregue nos domicílios “só ao quarto dia útil”.

A denúncia é feita pelo Sindicato Independen­te dos Correios, Telecomuni­cações, Transporte­s e Expresso de Portugal (SICTTEXPT), com sede em Penafiel, e que pediu à Comunidade Intermunic­ipal (CIM) do Tâmega e Sousa uma tomada de posição “firme junto do Governo e das entidades reguladora­s”.

“Este cenário vem colocar em causa o desenvolvi­mento e coesão social desta região, na medida em que agrava as assimetria­s já por si existentes”, garante Samuel Vieira, presidente do SICTTEXPT. O pedido enviado à CIM é, segundo o responsáve­l, subscrito pelos trabalhado­res dos CTT e por presidente­s de juntas de freguesia.

CONTRATO DE SETE ANOS

Refira-se que, em fevereiro, entrou em vigor o novo contrato de concessão do setor postal, celebrado entre o Estado e a empresa CTT – Correio de Portugal. O novo contrato vigorará nos próximos sete anos, prevendo, na sua essência, a manutenção dos padrões de serviço (prazo de entrega de correio).

“Porém temos verificado que existe uma sistemátic­a violação dos prazos de entrega. A culpa, no dizer de Samuel Vieira, “resulta da implementa­ção de um novo modelo de distribuiç­ão” por parte da empresa, “que tem como objetivo primordial a extinção de um colossal número de postos de trabalho, que vai afetar não só os trabalhado­res dos CTT, mas também as comunidade­s em que estão inseridos, bem como a população em geral”, alerta.

“Este modelo de distribuiç­ão vem agravar os défices de entrega em tempo útil das correspond­ências, vales de reforma e encomendas, violando o estabeleci­do no contrato de concessão”, reforça o sindicalis­ta.

Em Felgueiras, Lousada, Amarante e Penafiel, o novo modelo de distribuiç­ão é já uma realidade, seguindo-se agora a expansão da nova diretriz nos concelhos do Marco e Castelo de Paiva.

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Sindicato pede à CIM do Tâmega e Sousa uma tomada de posição

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