Pedro Gonçalves perde embalo e sai mais cedo
Avançado foi substituído nos últimos cinco jogos. Tarda em retomar a boa forma e marca menos que em 2021/22
Melhor marcador na época passada, Pedro Gonçalves está uma sombra do jogador do ano transato, e, sobretudo, nesta reta final do campeonato, teima em não “embalar”, como expressou Ruben Amorim após a derrota com o Benfica. O criativo foi mesmo substituído nos últimos cinco jogos, um cenário inédito durante o percurso no leão.
O avançado, que na época de estreia em Alvalade chegou aos 23 golos, não passou ainda dos 14 (quase menos 40%) com um maior número de jogos (38 contra 37), mas em menos tempo (2720 contra 3031).
Os problemas físicos podem explicar parte da quebra de rendimento. Uma lesão no pé, em setembro, obrigou a 33 dias de paragem, seguindo-se mais seis, em fevereiro, por outra mazela, e 16 dias em março.
A partir daí, Pote jogou 26 e 36 minutos com o Moreirense e Vitória, respetivamente. Foi titular com Paços de Ferreira, Tondela, Benfica, F. C. Porto e Boavista. Porém, foi sempre substituído a meio da segunda parte com a exceção do jogo com os dragões em que permaneceu em campo até perto do final.
A fase titubeante é reconhecida pelo técnico. “Não tem estado bem com bola, mas a qualidade e capacidade de preencher espaços e de pressionar está lá. Acredito da mesma maneira e tem mais uns jogos para voltar à forma”, disse Amorim.
Depois do dérbi com o Benfica, o avançado voltou a ser substituído com F. C. Porto e Boavista, mas, no Estádio do Bessa, na última vitória (0-3), foi responsável por uma assistência para o golo de Matheus Nunes.
Apesar do cenário, Pote será titular frente ao Gil Vicente, depois de amanhã, em Alvalade. Na preparação do jogo que pode adiar a questão do título, Coates realizou trabalho de recuperação no ginásio e o técnico chamou três jovens: Rodrigo Ribeiro, Rafael Fernandes e Diogo Pinto.