Aeroporto de Lisboa em risco de recusar voos
Ministro alerta para problemas a partir do próximo ano
AVIAÇÃO O ministro das Infraestruturas e da Habitação disse que o Aeroporto de Lisboa poderá ter de recusar voos no próximo ano, com a recuperação do turismo, apelando a um consenso alargado sobre a construção do novo aeroporto.
“Este ano, recusar voos ainda não. No próximo ano, muito provavelmente atingiremos, esperamos nós, o melhor ano de sempre, que foi antes da pandemia, e aí começaremos novamente a ter problemas de recusa de voos”, disse Pedro Nuno Santos, em declarações aos jornalistas.
Pedro Nuno Santos, que indicou que “nos próximos dias” o Governo dará “mais informação sobre o aeroporto”, admitiu que as perturbações esperadas para o próximo ano serão agravadas, uma vez que já se sentem desde maio “de circulação, de fluidez e tempos de espera. “Temos um problema que é estrutural, com um aeroporto que está esgotado e que precisa de uma resposta”, defendeu mais uma vez, considerando ser necessário que o país seja capaz de conseguir um consenso alargado para a sua concretização, de forma a assegurar que cada vez que muda um governo ou um ministro “não andamos para trás”.
Quando questionado sobre as longas filas de espera no Aeroporto de Lisboa, o governante vincou que “o Ministério da Administração Interna já apresentou um plano de contingência, que vai estar em execução na sua plenitude a partir do início de julho e esperamos que ajude alguma coisa”.
Os tempos de espera na área das chegadas do Aeroporto de Lisboa ultrapassaram no domingo as três horas, devido à “insuficiência de recursos e de postos de controlo de fronteira SEF em funcionamento”, disse a ANA.