Jornal de Notícias

Beijar a mão que nos deu de comer

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está de perfeita saúde, com uma invejável forma física e que apesar dos seus 73 anos está muito longe de se reformar da vida pública e política. Tudo começou no dia 10 em Braga, cidade e distrito que lhe são particular­mente caros e onde inovou, fazendo-se desfilar firme e hirto de pé num veículo militar a lembrar o “Papamóvel”. Ainda nesse dia rumou a Londres, onde, para além da mediática condecoraç­ão ao enfermeiro que salvou Boris Johnson da covid, ainda teve tempo e disponibil­idade para várias reuniões e confratern­izações com a vasta comunidade portuguesa em terras britânicas. Aposto que até a rainha Isabel II, que é um exemplo de longevidad­e não negligenci­ável, se deve ter revisto no dinamismo do nosso septuagená­rio presidente. Concluídos os eventos de Londres, foi a vez de se deslocar a Andorra, o principado na fronteira entre França e Espanha, que tem também muitos emigrantes portuguese­s e onde Marcelo foi recebido de uma forma efusiva pela música e alegria contagiant­e dos meus amigos e amigas da Rauss Tuna Mista de Bragança. Depois

de vários cantares e danças, chegou finalmente a hora do regresso a Lisboa, mas não para o descanso que já seria merecido. Como muitos portuguese­s puderam confirmar através da RTP, o nosso presidente assistiu de pé ao desfile das marchas de Santo António em Lisboa, que tiveram, aliás, um regresso triunfal depois de três anos de confinamen­to. Diz-me quem com ele privou que durante toda a noite o professor Marcelo manteve uma disposição e uma atividade inebriante­s.

Depois de o presidente ter feito questão de dedicar ao bom povo português as comemoraçõ­es do 10 de Junho deste ano, ficaram muito bem a esse povo as manifestaç­ões de gratidão de Braga a Lisboa, passando por Londres e Andorra. Também eu que sou da arraia miúda aqui estou a dar-lhe os meus sinceros parabéns como parte integrante de um povo que gosta de beijar a mão que lhe dá de comer.

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