Homem que asfixiou a avó colocado em prisão preventiva
Neto agrediu familiar na véspera do crime. Desemprego e personalidade conflituosa na origem do homicídio
DECISÃO Joel Valentim, o homem que matou a avó na quarta-feira de manhã, na residência familiar, em São Martinho, Seia, foi colocado em prisão preventiva. Na véspera do crime, já tinha tentado asfixiar a familiar que o criou por esta lhe recusar dinheiro para vícios e por lhe dar um ultimato: ou arranjava trabalho ou era expulso de casa.
O homem, que vivia com a avó por os pais estarem emigrados no Luxemburgo, tem uma personalidade conflituosa. Segundo os vizinhos e amigos da vítima, exigia dinheiro à familiar para comprar droga e bebidas alcoólicas. Também estaria pouco interessado em arranjar trabalho e, por isso, geravam-se muitas discussões entre Assunção Correia e o neto Joel. Recentemente, a mulher expulsou-o de casa para o colocar num anexo contíguo à vivenda. O ambiente de crispação foi crescendo até que, na quarta-feira de manhã, dona São, como era conhecida, foi encontrada inanimada no
Passou grande parte da vida no Luxemburgo e regressou a Portugal com o marido, que entretanto faleceu, para abrir um negócio de móveis. Foi ela quem criou o neto agressor.
chão da cozinha pelos bombeiros de Seia, alertados para uma suposta queda acidental. Mas a vítima tinha marcas de asfixia e ferimentos na cabeça e por isso os voluntários chamaram as autoridades.
Pelo histórico de violência doméstica, que já tinha merecido a apresentação de queixas na GNR, Joel foi logo apontado como suspeito e interrogado. O neto começou por garantir que tinha encontrado a avó no chão, mas acabou por confessar o homicídio. Matou a avó num quadro de conflito permanente que misturam a falta de dinheiro, o consumo de droga e as exigências da idosa.