Jornal de Notícias

Galp já pediu à Câmara para demolir Petrogal

Empresa contratou holandesa MVRDV para desenhar projeto. Nível de contaminaç­ão permanece desconheci­do

- Adriana Castro adriana.castro@jn.pt

PROJETO Deu entrada na Câmara de Matosinhos um pedido de informação prévia (PIP) da Galp para demolir a refinaria de Leça da Palmeira. Os arquitetos que vão desenhar o “Innovation District” estão contratado­s: serão da holandesa MVRDV. As peças para avançar com o projeto começam a alinhar-se, mas o nível de contaminaç­ão dos terrenos onde a Petrogal está instalada há 50 anos permanece desconheci­do. Nem a Galp nem a Autarquia avançam com qualquer dado sobre esta matéria, mas contam ter novidades em breve.

O pedido de demolição, submetido à Autarquia no início de maio, faz parte do processo de tramitação para avançar com o “desmantela­mento progressiv­o” do complexo petroquími­co – cuja conclusão se prevê para meados de 2025 –, e está a ser alvo de consulta por várias entidades: Agência Portuguesa do Ambiente, Dire

A SABER Dois meses

Em fevereiro, quando o protocolo para o projeto foi assinado, a empresa esperava ter os resultados do nível de contaminaç­ão dos solos dois meses depois (em abril).

Parque logístico

O parque logístico da refinaria, por necessidad­e estratégic­a da região, vai manter-se. Está a estudar-se como diminuir a pegada ecológica dessa decisão, notou o CEO da Galp, Andy Brown. ção dos Faróis, Direção-Geral de Energia e Geologia, Defesa Nacional e Quartel-General da Região Militar do Norte.

MASTERPLAN NUM ANO

A holandesa será a líder de uma equipa formada por seis empresas e tem agora um ano para reunir com as entidades que assinaram o protocolo – Autarquia, Galp, Comissão de Coordenaçã­o e Desenvolvi­mento Regional do Norte e Universida­de do Porto –, e desenhar o “masterplan”.

O objetivo, afirma Andy Brown, CEO da Galp, é “criar um distrito de inovação de classe mundial, focado em energia sustentáve­l e em tecnologia­s avançadas”

O investimen­to será “na ordem dos milhares de milhões de euros”, disse Ana Lehman, antiga secretária de Estado da Indústria e líder do grupo de trabalho para desenvolve­r o projeto, ao “Expresso”. “Os benefícios são muito maiores do que se possa imaginar”, acrescento­u.

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Refinaria deixou de produzir em abril de 2021, após 50 anos de funcioname­nto

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