Galp já pediu à Câmara para demolir Petrogal
Empresa contratou holandesa MVRDV para desenhar projeto. Nível de contaminação permanece desconhecido
PROJETO Deu entrada na Câmara de Matosinhos um pedido de informação prévia (PIP) da Galp para demolir a refinaria de Leça da Palmeira. Os arquitetos que vão desenhar o “Innovation District” estão contratados: serão da holandesa MVRDV. As peças para avançar com o projeto começam a alinhar-se, mas o nível de contaminação dos terrenos onde a Petrogal está instalada há 50 anos permanece desconhecido. Nem a Galp nem a Autarquia avançam com qualquer dado sobre esta matéria, mas contam ter novidades em breve.
O pedido de demolição, submetido à Autarquia no início de maio, faz parte do processo de tramitação para avançar com o “desmantelamento progressivo” do complexo petroquímico – cuja conclusão se prevê para meados de 2025 –, e está a ser alvo de consulta por várias entidades: Agência Portuguesa do Ambiente, Dire
A SABER Dois meses
Em fevereiro, quando o protocolo para o projeto foi assinado, a empresa esperava ter os resultados do nível de contaminação dos solos dois meses depois (em abril).
Parque logístico
O parque logístico da refinaria, por necessidade estratégica da região, vai manter-se. Está a estudar-se como diminuir a pegada ecológica dessa decisão, notou o CEO da Galp, Andy Brown. ção dos Faróis, Direção-Geral de Energia e Geologia, Defesa Nacional e Quartel-General da Região Militar do Norte.
MASTERPLAN NUM ANO
A holandesa será a líder de uma equipa formada por seis empresas e tem agora um ano para reunir com as entidades que assinaram o protocolo – Autarquia, Galp, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e Universidade do Porto –, e desenhar o “masterplan”.
O objetivo, afirma Andy Brown, CEO da Galp, é “criar um distrito de inovação de classe mundial, focado em energia sustentável e em tecnologias avançadas”
O investimento será “na ordem dos milhares de milhões de euros”, disse Ana Lehman, antiga secretária de Estado da Indústria e líder do grupo de trabalho para desenvolver o projeto, ao “Expresso”. “Os benefícios são muito maiores do que se possa imaginar”, acrescentou.