Jornal de Notícias

Ataques de pânico – como combater?

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Experienci­ar um ataque de pânico pode ser um momento aterrador, já que os sintomas podem ser bastante agressivos, incluindo até uma perda de controlo quase absoluta sobre o que está a acontecer. No entanto, é uma perturbaçã­o bem estudada, com sintomas também EHP LGHQWLÀFDG­RV RQGH UHDOoDPRV (entre outros) as palpitaçõe­s, as sensações de falta de ar ou sufoco, de desmaio, o medo de morrer ou de perder o controlo.

Face a estas manifestaç­ões, é, em muitos casos, comum que o indivíduo se sinta completame­nte assoberbad­o com o episódio que vivenciou e que com isso comece a desenvolve­r estratégia­s muitas vezes desadaptat­ivas que lhe permitam mitigar tal desconfort­o sentido.

Como tal, tende a promover em si mesmo uma mudança de hábitos e rotinas que se revelam contraprod­ucentes. Pode, por exemplo, começar a evitar locais onde os episódios já tenham acontecido, mas também outros espaços onde percecione potencial perigo, pois, vendo-se exposto socialment­e, projeta sobre si o que “irão pensar aquelas pessoas” se o episódio surgir. Pode, também, começar a adotar comportame­ntos como o consumo de substância­s, como manobra de mitigação desse desconfort­o, com potenciais danos em inúmeras áreas da sua vida.

Torna-se importante que estes comportame­ntos sejam evitados, uma vez que não estarão a ajudar na diminuição dos episódios, mas sim no seu aparecimen­to em locais cada vez mais familiares e em situações cada vez mais frequentes.

Estes episódios surgem, muitas vezes, por vários motivos, em alguns FDVRV GLItFHLV GH LGHQWLÀFDU 2 stress em excesso, motivado pelo trabalho ou por questões familiares, pode ser causa para o seu aparecimen­to, mas também o abuso de substância­s ou recordaçõe­s traumática­s do passado requerem uma atenção especial na avaliação deste tipo

de perturbaçõ­es. A par, uma avaliação clínica pode também ser relevante, com certas doenças ou perturbaçõ­es mentais já existentes.

A intervençã­o neste tipo de perturbaçõ­es normalment­e inicia-se por uma consulta de avaliação, onde VH YHULÀFDP RV VLQWRPDV H DV SRVVtveis causas, propondo um plano de intervençã­o que pode ser necessário HQJOREDU RXWURV SURÀVVLRQD­LV FRPR R caso da psiquiatri­a ou de outro especialis­ta no caso da existência de outra(s) doença(s). Na Terapia Psicológic­a, a abordagem normalment­e centra-se na intervençã­o cognitivo-comportame­ntal, com foco numa primeira fase na capacitaçã­o do cliente com exercícios e técnicas que lhe permitam um atuar no momento no episódio, complement­ando sempre com um apoio psicológic­o estruturad­o.

2 pânico é uma situação altamente debilitant­e, mas que a investigaç­ão tem UHYHODGR VROXo}HV PXLWR HÀFD]HV 1mR permita que o sofrimento potenciado por esta perturbaçã­o condicione a sua

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Dr. João Fernando Martins (OPP16367), Psicólogo Clínico e da Saúde no Trofa Saúde Hospital Central e Alfena

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