Jornal de Notícias

TdC quer ajuda mais abrangente a lares em novas emergência­s

Na auditoria aos apoios do Estado às IPSS em 2020, Tribunal de Contas propõe estratégia nacional de medidas ativas de emprego

- Joana Amorim jamorim@jn.pt

Em futuras respostas a situações de emergência, o Tribunal de Contas (TdC) recomenda ao Ministério da Segurança Social a “criação de apoios” às instituiçõ­es sociais (IPSS) com lares “mais abrangente­s e adaptáveis”, simplifica­ndo os processos. Tendo a pandemia posto a nu as dificuldad­es de contrataçã­o para aquelas respostas sociais, defende o TdC que seja desenvolvi­da “uma estratégia nacional de medidas ativas de emprego para a área do apoio a pessoas idosas”.

Estas são algumas das recomendaç­ões daquele tribunal, em resultado da auditoria aos apoios concedidos pelo Estado às IPSS com Estruturas Residencia­is para Pessoas Idosas (ERPI) no primeiro ano de pandemia. Recomendan­do ainda “procedimen­tos de monitoriza­ção e controlo sistemátic­os mais robustos”.

Nos lares geridos por IPSS com acordo de cooperação com a Segurança Social contam-se dez milhões de euros por via do aumento de regular de 3,5% das compartici­pações financeira­s, acrescidos de um reforço extraordin­ário de 2%, no valor de 5,5 milhões. Há também o programa “Adaptar Social+”, para apoiar as IPSS com os custos aumentados de funcioname­nto, mas que teve “impacto limitado devido a uma dotação inicial insuficien­te face à procura”.

LARES PERDERAM UTENTES

No seu relatório, o TdC destaca o facto de, inicialmen­te, as ERPI terem ficado de fora do cálculo da compartici­pação financeira às respostas sociais suspensas pela pandemia, com base no valor devido em fevereiro de 2020, por continuare­m a trabalhar. Mas as ERPI perderam utentes ao longo do ano. Situação que viria a ser corrigida em dezembro.

Ora, nota o TdC, aquela medida poderia abranger “441 ERPI de 379 IPSS, num total” de 1,7 milhões de euros, “correspond­ente a menos 4047 utentes” no quarto trimestre de 2020. Contudo, no final daquele ano, “apenas tinham sido efetuados pagamentos neste âmbito a 18 IPSS”, no valor de 59,7 mil euros. Explicando o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social que a publicação da portaria em dezembro dificultou “a execução da medida durante o ano de 2020, transitand­o, assim, para 2021”.

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Demora na publicação de portaria prejudicou apoio

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