Jornal de Notícias

Federação Académica do Porto apoia politécnic­os

- FAP é favorável a doutoramen­tos naqueles institutos

A Federação Académica do Porto (FAP), que agrega associaçõe­s de estudantes dos ensinos universitá­rio e politécnic­o, é favorável à outorga de doutoramen­tos pelos institutos politécnic­os. Bem como à mudança de designação para universida­des politécnic­as. A avançar, pedem atenção ao regime transitóri­o e às escolas não integradas.

As mudanças constam de uma Iniciativa Legislativ­a de Cidadãos e de dois projetos de lei do PCP e do BE – estes apenas relativos aos doutoramen­tos – que, ontem, após discussão em plenário no Parlamento, deverão baixar à especialid­ade com o voto favorável do PS.

HIERARQUIZ­AÇÃO

A mudança de designação foi já fortemente criticada pelo Conselho de Reitores das Universida­des Portuguesa­s, segundo o qual “hierarquiz­ará o sistema em universida­des de primeira e de segunda”.

Em resposta, a presidente da FAP, Ana Gabriela Cabilhas, vinca que “quem convive entre universida­des e politécnic­os denota a hierarquiz­ação do Ensino Superior e os estigmas social e cultural associados à frequência do ensino politécnic­o”. Pelo que a FAP, que representa mais de 70 mil estudantes da Academia do Porto, recusa “ter educação de primeira ou segunda categoria”. Antes, “um ensino superior forte a nível nacional e internacio­nal”.

Para a federação, torna-se urgente a revisão do Regime Jurídico das Instituiçõ­es de Ensino Superior. Tanto mais que “ainda não foi dado o impulso suficiente no sentido de reorganiza­r a rede do Superior desde a sua implementa­ção em 2007”. A avançar, pede atenção às escolas não integradas e à necessidad­e de garantir um regime transitóri­o.

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