Segurança Social volta a pagar apoio de 60 euros em julho e agosto
Medida dirigida às famílias mais carenciadas deverá custar 64 milhões de euros. Mantém-se um único pagamento, feito de forma automática
CRISE As famílias beneficiárias da tarifa social de energia e de prestações mínimas da Segurança Social vão receber um novo pagamento único no valor de 60 euros nos meses de julho e agosto, respetivamente. Cada família só receberá o valor uma vez, apesar do primeiro-ministro, António Costa, ter afirmado, ontem no Parlamento, que o apoio seria renovado por três meses.
A renovação da medida, destinada a amortecer parte dos efeitos da escalada da inflação entre os agregados mais carenciados, foi ontem aprovada em Conselho de Ministros, e detalhada pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.
Segundo a governante, o apoio será replicado “exatamente nos mesmos moldes” em que foi pago a um universo de cerca de um milhão de beneficiários nos meses de abril e maio. Ou seja, será feito um único pagamento automático às famílias com acesso a tarifa social de energia. O primeiro valor será recebido em julho. Em agosto, serão remunerados os beneficiários de prestações mínimas, como o complemento solidário para idosos, o rendimento social de inserção, o subsídio social de desemprego ou a pensão social de inclusão. O Governo estima um universo de abrangidos de 1,07 milhões e prevê gastar 64 milhões de euros com a renovação do apoio.
ENCARGOS TRIMESTRAIS
Na apresentação da medida, Mendes Godinho reforçou a ideia de que cada família só receberá o valor uma vez, depois do primeiro-ministro, António Costa, ter afirmado que o apoio seria renovado por três meses. A ministra justificou que o montante de 60 euros resultará de uma avaliação dos aumentos de encargos com alimentos num trimestre.
O apoio “foi calculado com base na diferença do cabaz de alimentos por força da evoluç ão da inflação e calculado em função do valor correspondente a três meses”. A informação relativa à fórmula de cáculo não é conhecida e, até aqui, não tinha sido referido que o apoio visava suportar um período de três meses de aumentos no cabaz alimentar.
O Governo não põe, no entanto, de parte um novo pagamento trimestral antes do final do ano.