Aposta federativa sobe quase 160% no futebol feminino
Em cinco épocas, a FPF investiu como nunca, ao nível de seleções nacionais seniores e jovens. Equipas triplicaram
INVESTIMENTO A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) prevê gastar, em 2022/23, em termos de seleções nacionais femininas, quase mais 160%, em comparação com o que investiu em 2017/18.
De acordo com dados a que o JN teve acesso, para a próxima temporada, a este nível, o que está orçamentado é um gasto de 6,522 milhões de euros, quando há cinco épocas o valor foi de 2,549 milhões de euros.
Trata-se de um investimento recorde da FPF na atividade das seleções femininas, sendo que, em 2012, ano em que o atual presidente Fernando Gomes assumiu a Direção do organismo, havia quatro seleções em atividade, número que entretanto triplicou, pois já há 12 equipas das quinas, na vertente feminina.
No global das seleções nacionais de futebol, 44% são femininas, sendo que, ao nível competitivo, há 22 provas diferentes: 12 de futebol, sete de futsal, uma de futebol de praia e duas de interassociações regionais (sub-14 e sub-16), representando 46% do global das competições organizadas pela entidade federativa. A título comparativo, refira-se que em 2011/12, havia cinco provas do género.
Ao nível de competições, a Liga foi criada em 2016/17, tendo em abril de 2020 sido reformulada, sendo que entretanto a aposta recaiu no formato de 12 equipas, com o Campeonato Nacional de Promoção a ser disputado em duas séries, de 20 clubes cada.
Em termos de contratos profissionais, a subida também é notória. Em 2017/18 havia 24 jogadoras a esse nível e na última época estavam registadas 169, nas duas principais provas. Também em termos de contratos de formação, de 2107/18 para a última época registou-se um aumento de 600%.