Hepatite aguda nas crianças já fez 18 mortes
Há 920 casos no Mundo, mas origem da doença é ainda desconhecida
INFEÇÃO O surto de hepatite aguda de origem desconhecida em crianças já soma mais de 900 casos prováveis em 33 países, tendo provocado 18 mortes e obrigado a 45 transplantes de fígado. Dois meses depois do alerta internacional, a causa desta infeção grave continua por determinar.
O último reporte da Organização Mundial da Saúde (OMS) revela um total de 920 casos prováveis até 22 de junho, metade dos quais na Europa (460), nomeadamente no Reino Unido (267) onde o surto foi detetado em abril passado.
Em segundo lugar, surge o continente americano com 383 casos prováveis, dos quais 305 nos Estados Unidos. Portugal surge no mapa como tendo entre 11 e 20 casos, sem alterações significativas face ao último boletim (27 de maio). Desde então surgiram 270 novos casos prováveis em todo o Mundo, incluindo em quatro novos países.
78% TEM MENOS DE 6 ANOS
De acordo com a OMS, a maioria das mortes ocorreram no continente americano (12) e no Sudeste asiático (4). Na Europa, houve uma morte, assim como na zona definida pela OMS como Mediterrâneo Oriental.
Apesar das investigações em curso, a origem da doença continua por identificar. O adenovírus, detetado por teste PCR em 327 dos 920 casos prováveis, continua a ser a pista mais forte. Do total de crianças infetadas, 64 deram positivo para o SARS-CoV-2.
Segundo o boletim da OMS, 48% dos casos com informação clínica conhecida são meninos e a maioria (78%) tem menos de seis anos. Náuseas e vómitos, icterícia, fraqueza generalizada e dor abdominal são os principais sintomas da doença.