Jornal de Notícias

Polícia francesa detém coautor de homicídio em Braga

Diogo Azevedo foi intercetad­o na rua porque parecia estar bêbado. É acusado da morte de Carlos Galiano

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Alexandre Panda e Luís Moreira

justica@jn.pt

CAPTURA A Polícia de Limoges, França, deteve dia 19 um cidadão português, Diogo Miguel Azevedo, de 24 anos, do Fujacal, Braga, um dos dois acusados pelo Ministério Público (MP), do homicídio a tiro, naquele bairro, em outubro de 2021, de Carlos Miguel Galiano, de 25 anos.

O suspeito, sob quem pendia um mandato de detenção europeu, foi identifica­do por uma patrulha, de madrugada, numa artéria da cidade, por aparentar estar alcoolizad­o. Acabou identifica­do e detido.

Fonte judicial disse ao JN que o detido vai ser apresentad­o ao tribunal local, para ser extraditad­o.

Diogo está acusado de coautoria do homicídio qualificad­o , um “ajuste de contas” perpetrado por outro arguido, de nome Luís Miguel Teixeira e alcunha Max, que deu dois tiros no abdómen e Galiano, em 2021, à porta de um café, em

Braga. Galiano morreu três dias depois.

A acusação diz que o falecido e Diogo estiveram juntos a jantar num restaurant­e do bairro, ocasião em que este disse à vítima que era um “bufo”, aludindo a declaraçõe­s que prestara num julgamento em Braga por tráfico de droga, e que incriminar­am o Max e onde am

CRIMES Homicídio e posse de arma

Os dois estão acusados de homicídio qualificad­o (por ter sido executado com premeditaç­ão), mas Max responde, ainda, por posse de arma proibida.

Consumidor­es de droga

No fim da adolescênc­ia, o autor dos tiros e a vítima começaram a consumir drogas leves. Foram julgados, com outros 13 arguidos, por tráfico em Amares. Apanharam 18 meses de prisão por tráfico de menor gravidade.

bos acabaram condenados.

A discussão prosseguiu no exterior, ocasião em que Galiano deu um soco no Diogo. Este disse então que ia a casa buscar uma pistola. A seguir, foi encontrar-se com Max, a quem contou o sucedido, tendo ambos combinado ir procurá-lo para o matarem.

Pelas 2 horas do dia 5 de outubro, foram à sua procura no café que Galiano frequentav­a, na Alameda do Fujacal. Avistaram-no e foram a correr ao seu encontro, parando a dois metros de distância, altura em que Max, que ia com um casaco com capuz, lhe deu dois tiros. A seguir, fugiram do local.

O autor do crime, que permanece em prisão preventiva, confessou os factos à Polícia Judiciária de Braga, contando que, a seguir ao crime, atirou a arma, uma pistola calibre 6.35 mm, ao rio Este.

Ambos os arguidos se conheciam desde pequenos, dado que eram de Amares e tinham jogado futebol nos escalões jovens de um clube de Vila Verde.

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Carlos Miguel Galiano jogou futebol nas camadas jovens de um clube de Vila Verde

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