Jornal de Notícias

A história da balança de pesar gente

-

Era das atividades mais típicas, da zona da Cordoaria, a da balança de pesar gente. Patrocínia da Conceição Andrade foi uma das últimas pessoas a explorar este “negócio”. “Full time”, das dez horas e meia da manhã, às dezanove da tarde. Preço, o mesmo das balanças das farmácias: uma moeda de cinquenta centavos, o mesmo que uma “cr’oa”. Sem direito a cartão nem a sina, mas com direito a um humaníssim­o obrigado, sublinhado por um

largo e simpático sorriso. Clientes, vinte a trinta pessoas por dia. “Muita gente vai às máquinas automática­s e, depois, vem aqui conferir”, dizia, por vezes ufana, a D. Patrocínia. E dizia mais: “A minha balança é acertada todos os dias”. Às vezes um “cliente” mais curioso queria saber de que marca era a balança da D. Patrocínia. “Marca? Que marca? Isto é uma balança, não tem marca nenhuma ”, respondia ela.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal