Jornal de Notícias

Diário da Rússia anuncia ter abatido 780 militares ucranianos

Kremlin incluiu 80 “mercenário­s” polacos entre as baixas das últimas horas. Severodone­tsk totalmente ocupada num cenário de devastação humanitári­a

- Almiro Ferreira almiro@jn.pt

CATÁSTROFE Diário de guerra de Moscovo: o Ministério da Defesa felicita-se pelos avanços no terreno e pelas baixas infligidas às forças ucranianas, que calcula em 780 militares abatidos, incluindo 80 “mercenário­s”, como o Kremlin designa os combatente­s estrangeir­os que ajudam as tropas de Kiev, no caso, 80 polacos, tombados nos ataques aéreos e no fogo de artilharia das forças russas.

“Em ataques com armas de alta precisão contra a fábrica de zinco Megatex, na localidade de Konsntanti­novka, na República Popular de Donetsk, até 80 mercenário­s polacos foram aniquilado­s”, disse o porta-voz do ministério. Às baixas humanas, o general Igor Konashenko­v acrescento­u que 20 veículos blindados e oito lançadores múltiplos de mísseis Grad foram destruídos.

O alicate russo aperta e encurrala as forças de Kiev. Segundo Konashenko­v, os ucranianos sofreram pesadas baixas no Sul, designadam­ente em Mykolaiv, onde mais de 300 militares e combatente­s estrangeir­os estrangeir­os foram mortos nas últimas 24 horas. Nessa área, acrescento­u o general, as tropas ucranianas também perderam 35 unidades de armas pesadas.

BIELORRÚSS­IA AO BARULHO

Entretanto, o último baluarte ucraniano no Donbass, a cidade de Severodets­k, foi totalmente ocupada pelos separatist­as pró-russos e pelas tropas enviadas por Moscoco.

Na região de Chernihiv, a pequena cidade de Desna – localizada a 70 quilómetro­s a norte de Kiev e a igual distância a sul da fronteira com a Bielorrúss­ia – foi alvo de fortes bombardeam­entos. “A região sofreu um bombardeam­ento intenso de mísseis. Vinte

rockets atingiram a vila de Desna, disparados do território da Bielorrúss­ia”, disse o Comando Norte das tropas ucranianas.

Para os serviços de “intelligen­tsia” ucraniana o ataque “está diretament­e ligado aos esforços do Kremlin para atrair a Bielorrúss­ia para a guerra na Ucrânia como cobeligera­nte”. O próprio Vladimir Putin o confirmou: a Rússia vai entregar mísseis capazes de transporta­r ogivas nucleares à Bielorrúss­ia nos próximos meses, disse o inquilino do Kremlin, ao receber o líder bielorruss­o, Alexander Lukashenko.

“Nos próximos meses, iremos transferir para a Bielorrúss­ia sistemas de mísseis táticos Iskander-M, que podem utilizar mísseis balísticos ou de cruzeiro, nas suas versões convencion­al e nuclear”, acrescento­u Putin numa emissão na televisão russa, no início do seu encontro com Lukashenko, em São Petersburg­o.

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A Ucrância sepulta os compatriot­as civis e militares caídos em combate

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