Jornal de Notícias

Buscas por sobreviven­tes não cessam no centro comercial

Para além dos 18 mortos, 21 pessoas continuam desapareci­das nos escombros de Kremenchuk

- Sílvia Gonçalves silvia.goncalves@jn.pt

Momentos marcantes 1 Rússia proíbe entrada a mulher e filha de Joe Biden

A Rússia anunciou ontem que vai interditar a entrada no país a 25 cidadãos norte-americanos, incluindo a primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden, e a filha do chefe do Estado, Ashley Biden.

2 Excluída a participaç­ão presencial de Putin no G20

O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, disse ontem que a participaç­ão presencial do presidente russo na próxima cimeira do G20, em Bali, foi descartada pela presidênci­a indonésia do organismo.

3 Assis suspende participaç­ão portuguesa do CES

O presidente do Conselho Económico e Social (CES), Francisco Assis, abandonou ontem, em Atenas, a assembleia-geral da associação internacio­nal, suspendend­o a participaç­ão portuguesa enquanto a Rússia se mantiver na presidênci­a.

4 Oligarca russo considera guerra “erro colossal”

O oligarca e empresário russo Oleg Deripaska considerou um “erro colossal” o conflito na Ucrânia, onde a Rússia desencadeo­u uma vasta ofensiva, afirmações de rara virulência de um representa­nte da elite russa.

ATAQUE Um dia depois da queda de dois mísseis de cruzeiro num centro comercial lotado, em Kremenchuk, no centro da Ucrânia, ainda eram visíveis espessas nuvens de fumo negro num lugar agora reduzido a escombros. Dezenas observavam, impávidos, diante dos destroços, na esperança de ver surgir aqueles que não mais foram avistados. Para além dos 18 mortos confirmado­s até ao momento, são ainda pelo menos 21 aqueles cujo paradeiro se desconhece.

“Temos os corpos de 18 pessoas, 21 continuam desapareci­das”, disse o ministro ucraniano do Interior, Denys Monastyrsk­iy.

De acordo com o jornal “The Guardian”, as autoridade­s estimam que entre 200 e 1000 pessoas estariam no local no momento do ataque. Muitos conseguira­m escapar para um abrigo antiaéreo próximo quando começaram a soar as sirenes. Para outros já não foi possível escapar, tendo ficado encurralad­os na infraestru­tura comercial.

ATÉ À RENDIÇÃO FINAL

Certo é que a agressão de

Moscovo não cessará até ao baixar das armas da resistênci­a ucraniana. A Rússia anunciou ontem que só terminará a ofensiva na Ucrânia quando as autoridade­s de Kiev e o exército ucraniano se renderem e aceitarem “todas as condições” russas.

“O lado ucraniano pode terminar [a guerra] dentro de um dia”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, citado pela agência noticiosa francesa AFP. Para tal, atirou Peskov, basta que as autoridade­s de Kiev deem indicações às “unidades nacionalis­tas” e aos soldados ucranianos para que deponham as armas e que “todas as condições estabeleci­das pela Rússia” sejam implementa­das.

As declaraçõe­s de Peskov surgiram em reação ao apelo do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, aos líderes do G7, no sentido de que a guerra termine antes do final do ano, tendo em conta o inverno rigoroso na Ucrânia.

Para Moscovo, não há um prazo para pôr termo à “operação militar especial” que, segundo Peskov, “está a decorrer de acordo com o planeado”.

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Bombeiros e socorrista­s trabalham nos destroços

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