Ghislaine apanha 20 anos por abuso de menores
Juíza recrimina conduta “hedionda” de ex-socialite britânica
NOVA IORQUE Ghislaine Maxwell, ex-namorada do milionário norte-americano Jeffrey Epstein, foi condenada a 20 anos de prisão por ter ajudado o antigo financeiro a aliciar menores adolescentes para serem abusadas sexualmente.
Os crimes ocorreram entre 1999 e 2004, período em que o casal convivia com algumas das pessoas mais famosas do Mundo, incluindo os ex-presidentes norte-americanos Bill Clinton e Donald Trump, o príncipe britânico André e o fundador da Microsoft, Bill Gates.
A sentença foi o culminar de uma acusação que detalhou que Maxwell e Epstein ostentavam riquezas e ligações com pessoas muito importantes, com o intuito de preparar jovens vulneráveis para a vida sexual e depois explorá-las.
Jeffrey Epstein foi encontrado morto na prisão, em 2019, enquanto aguardava julgamento. Ghislaine Maxwell negou ser cúmplice do antigo namorado, pediu desculpa à juíza, mas a “conduta hedionda” que exibiu ditou uma sentença de 20 anos de prisão.
O Ministério Público americano já havia pedido uma pena de pelo menos 30 anos de prisão para a ex-socialite britânica. A acusação argumentava que a antiga companheira de Jeffrey Epstein devia cumprir entre 30 e 55 anos de prisão.
No entanto, a defesa alegou ainda que a britânica enfrentou ameaças de morte e condições adversas na prisão. Já o Ministério Público argumentou que Maxwell desempenhou um “papel instrumental no horrível abuso sexual de várias adolescentes”, em algumas casas de Epstein, nos estados da Florida, Nova Iorque e Novo México.
Em dezembro, Maxwell já tinha sido declarada culpada de cinco das seis acusações, relacionadas com a exploração sexual de jovens.
Epstein foi detido, em 2006, na Florida, num caso de abuso de crianças, mas suicidou-se na prisão em 2019, antes de ser julgado.