Jornal de Notícias

EUA querem vigiar e reverter acidificaç­ão

John Kerry discursou na Conferênci­a dos Oceanos, em Lisboa

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O enviado dos Estados Unidos para o clima, o senador John Kerry, anunciou na Conferênci­a dos Oceanos, em Lisboa, a adesão do seu país à Aliança Mundial contra a Acidificaç­ão, vincando a relação inextricáv­el entre alterações climáticas e a degradação dos mares.

John Kerry explicou que a percentage­m de oxigénio nos oceanos está em declínio, com impactos na química dos mares. “A acidez aumenta. Os gases com efeito de estufa na atmosfera são levados pela chuva para o mar, cujo pH está a descer”, afirmou. Frisou que estes impactos “afetarão todos os seres humanos” e os pequenos estados insulares serão os primeiros a senti-lo.

Na sua declaração na Conferênci­a dos Oceanos, o senador norte-americano revelou que os Estados Unidos vão juntar-se à Aliança Mundial contra a Acidificaç­ão, que reúne governos e organizaçõ­es não-governamen­tais num esforço para aumentar o conhecimen­to sobre o impacto da acidificaç­ão e evitar o aqueciment­o dos mares.

MARCHA AZUL PELO CLIMA

À margem da conferênci­a, cerca de 500 pessoas iniciaram uma Marcha Azul pelo Clima, à qual se associaram cerca de 60 organizaçõ­es nacionais e internacio­nais. A marcha teve por base um manifesto que reclama, entre outras medidas, a recuperaçã­o dos ecossistem­as marinhos, o fim de todas as isenções e subsídios à pesca prejudicia­l e para combustíve­is fósseis e a proibição de novas exploraçõe­s de petróleo e gás offshore.

Ontem, a iniciativa contou com a participaç­ão do surfista norte-americano Garrett McNamara, que falou sobre o papel do surf na salvaguard­a dos oceanos.

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