Jornal de Notícias

Bienal de Macedo de Cavaleiros é isco para turismo

Missão de organizaçã­o de evento é também levar o nome do concelho a toda a Península

- Glória Lopes locais@jn.pt

ESTREIA Levar o nome de Macedo de Cavaleiros a toda a Península Ibérica e atrair turistas a este concelho é a principal missão da Linha de Água-Bienal de Arte Contemporâ­nea de Trás-os-Montes, que foi inaugurada ontem.

Esta é a primeira bienal de artes do Nordeste Transmonta­no e está repartida por seis espaços do concelho, nomeadamen­te pela antiga estação dos caminhos de ferro, recuperada para equipament­o artístico, com um investimen­to de cerca de um milhão de euros.

PÚBLICO CURIOSO

“A arte atrai um público específico, curioso, e que tem um destino específico que a arte contemporâ­nea, que não é uma arte para toda a gente. Tal como outras bienais no país, trará muito público”, explicou o presidente da Câmara, Benjamim Rodrigues.

A bienal foi promovida em Espanha, pelo que o autarca espera agora que “venham os vizinhos espanhóis de Zamora, de Salamanca e de outras cidades”.

A diretora regional de Cultura do Norte, Laura Castro, acredita que esta iniciativa “pode dar oportunida­de aos criadores, curadores, artistas, produtores, criadores do audiovisua­l, de multimédia e de vídeo, que têm aqui uma oportunida­de de expor”.

Repartida pela antiga estação da CP, pelo Centro Cultural, Museu de Arte Sacra, Convento de Balsamão, Igreja de Santa Maria e Junta de Freguesia, a bienal conta com cerca de 60 obras de artistas de nove países, como Japão, Estados Unidos da América, França, Espanha, Alemanha e Portugal, entre outros.

APROXIMAR HABITANTES

“[A designação] Linha de Água é porque é um território do Azibo, dos rios Douro e Sabor, que pode fazer a ligação transfront­eiriça”, explicou Inês Falcão, diretora artística da bienal, que deseja aproximar a arte contemporâ­nea dos habitantes do interior transmonta­no e da fronteira. “Para que todos tenham acesso a este tipo de obra”, vincou a responsáve­l.

A iniciativa, que junta pintura, escultura, cerâmica, fotografia e vídeo, decorre durante os próximos três meses, até 29 de setembro, com conferênci­as, música, performanc­es e atividades para crianças.

“As obras estão relacionad­as com a Linha de Água, algumas foram feitas propositad­amente”, salientou Inês Falcão.

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Evento com 60 0bras de nove países dura três meses

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