S. C. BRAGA ADMITE INTERESSE PORTISTA EM RICARDO HORTA
Salvador diz que é “fácil fechar negócios” com Pinto da Costa, mas salienta que o Braga não precisa de vender. Benfica fala noutros alvos
BRAGA O emblema minhoto continua a ser um dos principais agitadores do mercado interno de transferências neste defeso, e depois de vender o defesa central David Carmo ao F. C. Porto, por 20 milhões de euros, está agora a valorizar outro ativo. “Não queremos vender o Ricardo Horta, mas se pagarem um preço justo...”, deixou escapar, ontem, o líder do clube bracarense, António Salvador, dando a entender que, além do Benfica, também os dragões mostraram interesse pelo internacional português.
“Com o presidente Pinto da Costa é muito fácil fechar os negócios. É só sentarmo-nos à mesa e sabemos quais os valores. O F. C. Porto já sabe o valor do Ricardo Horta, é uma questão de falar e discutir quais são os jogadores que poderão vir”, explicou o dirigente minhoto. António Salvador considerou que o atacante, que há algumas semanas está associado ao Benfica, “é um dos melhores jogadores do campeonato português e tem condições para jogar em qualquer clube nacional”, mas reforça que o Sporting de Braga “não tem vontade, nem precisa, de vender o Ricardo Horta”. Contactado pelo JN, o F. C. Porto não confirmou o interesse no jogador. Já Rui Costa, presidente do Benfica, quando confrontado com a alegada entrada em cena dos dragões pelo atacante de 27 anos, disse que o clube “tem mais alvos”.
NOVO MODELO COMPETITIVO
O tema Ricardo Horta foi abordado por António Salvador à margem de um encontro com jornalistas, onde foi feita uma reflexão sobre a sustentabilidade do futebol português, visando uma oportunidade de mudança, nomeadamente nos quadros competitivos, antes da negociação da centralização dos direitos televisivos.
“Para haver competitividade e imprevisibilidade deve haver um novo modelo competitivo. Queremos um debate aberto e abrangente, com clubes, instituições e comunicação social, para termos campeonatos mais interessantes e rentáveis”, disse António Salvador, que pretende que sejam ainda revistos dossiês como horário dos jogos, preços dos bilhetes, valorização da formação, fiscalidade e captação de receitas.