Ministra está disponível para ir ao Parlamento
Maria do Céu Antunes garante que elucidará eleitos sobre o que disse e sobre trabalho feito
AGRICULTURA A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, garantiu, ontem, que irá à Assembleia da República “com muito gosto” esclarecer a polémica com a Confederação dos Agricultores de Portugal.
“Não tenho mais nada a acrescentar. Aguardo a minha ida ao Parlamento para esclarecer aquilo que disse e aquilo que outros disseram”, explicou a governante em Torre de Moncorvo. Maria do Céu Antunes está convicta de que, na audição parlamentar, poderá elucidar “os deputados e os portugueses do trabalho que o Governo e, em particular o Ministério da Agricultura, está a desenvolver para fazer face ao momento difícil em que vivemos”.
A polémica eclodiu na passada quarta-feira quando Maria do Céu Antunes visitou uma unidade de produção de citrinos no Morgado da Torre, em Portimão, onde, instada pelos jornalistas a comentar as críticas do secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), acabou por devolver uma pergunta: “É melhor perguntar, por que é que, durante a campanha eleitoral, a própria CAP aconselhou os eleitores a não votar no PS”.
A declaração da ministra deu azo a várias críticas por parte da CAP e dos partidos da Oposição. Em resposta, a CAP afirmou que não vai ceder a “‘bullying’ político”. A Iniciativa Liberal (IL) quer chamar a governante à Assembleia da República e o CDS-PP e o Chega já pediram a sua demissão.
Agricultores terão 500 mil euros para os animais
O Ministério da Agricultura vai atribuir um pacote de 500 mil euros aos agricultores das zonas afetadas pelos incêndios “para ajudar na alimentação animal”. Numa visita a Torre de Moncorvo, a ministra deu conta de que já está a ser distribuído açúcar para os apiários devido “às dificuldades adicionais” relacionadas com a seca. E anunciou, ainda, o aumento de perto de 60% nos apoios à Churra, uma raça autóctone de ovinos da Terra Quente Transmontana, que recebe por cabeça cerca de 15 euros, um valor que passará para 24 euros. “Queremos trazer para cada território política públicas que ajudem a melhorar a qualidade de vida” de quem se dedica à agricultura.